1º ato: Mental Health
Publicado em 18 de julho de 2022
Como comentamos na semana passada, a Active Pharmaceutica está completando 15 anos de história, e nós seguimos as nossas comemorações celebrando a melodia da vida.
No primeiro ato de nossa ópera da maestria para viver bem, o enfoque é a saúde mental. Em um mundo cada vez mais veloz, que nos exige uma busca constante pela maior produtividade possível, é importante manter a perspectiva do equilíbrio. A batida agitada pode nos auxiliar na disposição mas, às vezes, é necessário desacelerar o ritmo para aproveitar melhor a sinfonia.
O cuidado com a nossa mente é essencial para desfrutar plenamente a vida. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
A saúde mental é um dos principais componentes da maravilhosa orquestra do corpo humano! E se engana quem acha que ela está relacionada única e exclusivamente ao funcionamento do cérebro. Apesar de esse ser o centro de processamento emocional e cognitivo, são vários os fatores que influenciam nossa saúde mental.
Saúde mental na era virtual
O advento das redes sociais trouxe inúmeras possibilidades. Um contato mais próximo com pessoas queridas que moram longe, acompanhar a vida de seus familiares e amigos através das suas postagens. Mas, além disso, as redes sociais têm se tornado também uma fonte de informação, de oportunidades e de negócios!
No entanto, aqui nós temos que refletir um pouco. Estabelecer limites e manter os pés no chão são pontos essenciais nesse contexto, já que além de facilidades, a tecnologia trouxe algumas armadilhas no pacote. Esse é o caso da síndrome da vida perfeita, estimulada por um ambiente artificial em que a maioria das pessoas compartilha apenas seus melhores momentos. Isso acaba gerando uma falsa impressão de que a vida dos nossos contatos é muito mais divertida e glamourosa do que realmente é. Junte isso àquele dia mais cinzento e está aí a fórmula para começar a pensar que sua vida não é tão boa ou interessante quanto deveria ser. Temos que lembrar sempre que a grama do vizinho pode parecer mais verde, mas às vezes é artificial, ou se trata apenas da luz ou do ângulo que a estamos olhando. Todo ser humano tem seus pontos fracos, suas limitações, seus dias ruins.
Outra armadilha desse tipo de tecnologia são as fakenews. O grande alcance das notícias falsas pode ter um efeito extremamente prejudicial, como o que pudemos observar durante a pandemia de COVID-19, em que esse tipo de desinformação desencadeou o aumento de quadros de transtornos mentais como depressão e transtorno de pânico, além de prejudicar a adesão às políticas de vacinação. 1,2
A melhor prevenção contra tais armadilhas é aprender a lidar com essas tecnologias de maneira saudável, sempre buscar informações em fontes confiáveis, e o mais importante, não esquecer-se que é no mundo real que a vida acontece!
As redes sociais são ferramentas de grande potencial, mas cabe a nós aprender a usá-las de maneira saudável. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Cuidando do nosso segundo cérebro
São muitos os fatores capazes de influenciar a nossa saúde mental. Desde os mais óbvios, como acontecimentos que afetam a estabilidade emocional, até como dormimos e o que comemos. Para surpresa de alguns, até as bactérias que colonizam alguns de nossos tecidos podem influenciar a saúde mental!
A microbiota influencia direta e indiretamente nossa saúde, tanto física, quanto mental (se quiser ler um pouco mais sobre isso, clique aqui). Mas você sabia que a microbiota intestinal pode ser modulada a nosso favor, para tratar doenças, por exemplo?
Os probióticos podem ser utilizados como tratamento adjuvante de várias patologias. Inclusive no tratamento de transtornos mentais, como a depressão. É o caso dos chamados psicobióticos – probióticos que influenciam a saúde mental. Os psicobióticos podem agir produzindo ou estimulando a produção de neurotransmissores, ácidos graxos de cadeia curta, hormônios enteroendócrinos e citocinas anti-inflamatórias.
O intestino é considerado por muitos como um segundo cérebro, devido à grande quantidade de neurônios que possui e à produção de diversos neurotransmissores. Aliás, você sabia que cerca de 95% de toda a nossa serotonina é produzida no intestino, e não no cérebro? Considerando que disfunções na via deste neurotransmissor estão intimamente relacionadas a transtornos neuropsicológicos (como a depressão, por exemplo), já é possível imaginar o potencial que a modulação do intestino e de sua microbiota tem nesse contexto.
A microbiota intestinal pode modular o funcionamento de nosso cérebro, influenciando comportamentos e emoções. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Os otimistas vivem mais!
A maneira como encaramos a vida também é um dos fatores que influenciam nossa saúde mental. Já foi comprovado cientificamente que os otimistas vivem mais. Isso foi demonstrado em um trabalho que avaliou dois estudos de coorte (que acompanham os participantes por várias décadas). Nestes estudos, homens e mulheres que tinham uma postura mais otimista perante a vida viveram em média 13% a mais do que os outros. Grande parte dos otimistas desse estudo chegou ao que os cientistas chamam de “longevidade excepcional”, vivendo 85 anos ou mais. 3
Além disso, o humor é contagioso, sabia? Conviver ou conversar com pessoas sorridentes e bem humoradas pode afetar positivamente o nosso humor também. O mesmo acontece com o convívio com pessoas estressadas. Já foi demonstrado que ele estimula o aumento de cortisol (conhecido como hormônio do estresse).
A saúde é para ser vivida diariamente! E manter uma saúde mental é um dos segredos para desfrutar de cada fase da vida da melhor maneira possível. É um dos fatores que nos permite aproveitar cada momento como se ele fosse único, porque na verdade, ele é mesmo! Nada se repetirá exatamente da mesma maneira. Hoje comentamos alguns dos pontos que podem estar sob o controle de nossas batutas, pois o maestro da maravilhosa sinfonia da vida somos nós mesmos!
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As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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