Alimentação intuitiva: você já ouviu falar?
Publicado em 15 de março de 2022.
Você já percebeu que a todo o momento surge uma nova dieta nos garantindo que dessa vez vai ser diferente? Com certeza, você já leu algo que parecia ser a solução dos seus problemas e no fim, era mais do mesmo.
A busca pelo corpo perfeito mantém um mercado bilionário, e as mídias sociais se aproveitam da necessidade de sempre estarmos “em forma” para vender dietas e produtos milagrosos, promovendo uma busca incessante pela perfeição do corpo. Essas dietas, além de não promoverem saciedade, também criam uma aversão inconsciente aos alimentos, muitos deles importantes para a produção de energia. Desta forma, algumas dietas podem aumentar as compulsões alimentares, promovendo alta ingestão de alimentos de uma única vez e estimulando o organismo a armazenar glicose e gordura. Consequentemente, há um aumento do peso e da insatisfação corporal, além da maior probabilidade do desenvolvimento de doenças crônicas – como a obesidade e a diabetes. Mas qual a relação da alimentação e do desenvolvimento de doenças?
Efeitos da alimentação inadequada
Para a manutenção da vida, o organismo humano necessita da ingestão de alimentos que são fontes de glicose, gorduras e proteínas. No entanto, com a correria do dia-a-dia, muitas pessoas não conseguem se alimentar de forma adequada, buscando, em sua maioria, alimentos industrializados que são facilmente e rapidamente preparados, porém pobres em fibras, com alta densidade energética, além de serem ricos em açúcares e gorduras ruins. A rotina intensa, atrelada ao estilo de vida urbano, favorece o consumo elevado de produtos industrializados, promovendo uma alimentação não balanceada e estresse emocional – fator que também contribui para a preferência na ingestão desses alimentos. 1,2
Além disso, hábitos alimentares inadequados estão frequentemente associados ao sedentarismo, agravando ainda mais o acúmulo de gordura nos vasos e tecidos do nosso corpo. As alterações resultantes deste acúmulo estão intimamente associadas ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas, incluindo a obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Ainda, o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo também podem aumentar o risco para o desenvolvimento dessas doenças, diminuindo a qualidade de vida e a longevidade de muitas pessoas. 2,3
A alimentação inadequada é um dos fatores de risco para doenças crônicas. Adaptado de: www.shutterstock.com, 2022.
Por que os programas de emagrecimento são tão difíceis?
Os programas tradicionais para redução de peso são pautados por restrições alimentares que tem por objetivo diminuir drasticamente a ingestão de alimentos com alto teor energético, além de promover a rápida perda de peso e, por isso, são tão populares. Basicamente, essas dietas diminuem muito, ou até mesmo restringem por completo, a ingestão de carboidratos, diminuindo drasticamente as concentrações de glicose no sangue – principal molécula utilizada para a geração de energia. Desta forma, o organismo passa a utilizar outras fontes para a produção de energia como, por exemplo, lipídeos – popularmente conhecidos por gorduras. Ao utilizar gordura como fonte energética, o organismo “queima” e reduz o estoque de gordura corporal, promovendo o rápido emagrecimento. Entretanto, dietas muito restritivas e a perda de peso acelerada podem gerar efeitos desagradáveis no organismo (como, fraqueza, tontura, dor de cabeça e queda de cabelo) e, portanto, vários estudos demonstram a falta de adesão e o abandono do plano alimentar, dificultando primeiramente a redução do peso corporal e, em seguida, a manutenção do mesmo – resultando no temido “efeito sanfona”. 4,5
Adicionalmente, outra forma popular para a redução do peso corporal é a intensificação da atividade física através de exercícios com grande volume ou de alta intensidade, aumentando o gasto energético do organismo. Nesses casos, o corpo passa a consumir, além de carboidratos, o estoque de gordura corporal, a fim de produzir a energia necessária para suprir a demanda energética durante a prática da atividade física. Tal efeito contribui de forma significativa para a redução do peso corporal. Todavia, a maioria das pessoas que buscam a redução de peso não se alimentam de forma adequada, bem como não possuem um condicionamento físico apropriado, sendo necessário a introdução de um período de adaptação. Porém, tal período deve incluir tanto uma adaptação alimentar quanto física, tornando o processo de emagrecimento mais demorado e desestimulando sua continuação. 6
Dietas restritivas e excesso de exercícios físicos são algumas formas populares de emagrecimento. Adaptado de: www.shutterstock.com, 2022.
Mas afinal, o que é a alimentação intuitiva?
No intuito de se obter uma forma mais acessível para a redução do peso corporal, o interesse em dietas baseadas no autoconhecimento está cada vez mais comum, fazendo com que a pessoa veja a alimentação de forma íntima e detalhada, desde o processo de escolha do alimento até o momento de sua ingestão. Nesse contexto, a alimentação intuitiva está ganhando cada vez mais adeptos, uma vez que desestimula as compulsões alimentares e reduz o foco do emagrecimento rápido. A ideia principal é treinar a nossa mente para darmos atenção às sensações e sentimentos que são responsáveis em sinalizar a fome e a saciedade, nos deixando mais atentos ao sabor e a textura dos alimentos, transformando o ato de comer em algo único, prazeroso e sem culpa. Para tal, essa alimentação estimula a busca de conhecimentos sobre os diversos níveis da fome, reeducando a mente não só para saber o momento de comer, mas principalmente para sentirmos o momento em que não precisamos mais comer, ou seja, perceber a sensação de saciedade. 7
A escala da fome é utilizada para identificar os sinais de fome e saciedade. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
A alimentação intuitiva promove o autoconhecimento das sensações de fome e saciedade, tornando o ato de comer uma experiência que envolve a mente, o corpo e as emoções. Essa alteração do comportamento alimentar é proveniente dos principais componentes que englobam a alimentação intuitiva: comer o que sentir vontade, sempre comer por razões físicas e não emocionais, além de treinar a mente para reconhecer a sinalização de fome e saciedade, tendo confiança no seu corpo para entender suas emoções e sentidos. 7
Os principais componentes da alimentação intuitiva. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Além disso, a integração entre a mente, corpo e alimento auxilia na compreenção das diferenças entre a fome fisiológica e a fome emocional, sendo um importante instrumento na promoção da reeducação alimentar. Adicionalmente, a alimentação intuitiva também liberta a mente de ideias equivocadas que impedem a redução de peso corporal e favorecem o efeito sanfona, desestimulando sentimentos de culpa que estão presentes em distúrbios alimentares. Além disso, esse tipo de alimentação também dá suporte à prática de exercícios de média e alta intensidade ao promover o aporte energético necessário ao organismo, favorecendo uma adaptação mais rápida e uma redução mais acentuada de peso e gordura corporal. 8
Então, se o seu foco é o emagrecimento de forma saudável, a alimentação intuitiva pode ser uma excelente opção, visto que sua eficácia tem comprovação científica e sua adaptação a esse estilo de alimentação é relativamente fácil. 7
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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