Alimentos funcionais, superalimentos e supervilões da alimentação saudável: você sabe quem é quem?
Publicado em 05 de agosto de 2022
A noção de alimentação saudável é bastante variável. Se você perguntasse a dez pessoas diferentes “qual é a dieta mais saudável?”, certamente receberia várias respostas diferentes. Você já parou para refletir o que representa esse conceito pra você? Se “comer saudável” está mais relacionado à quantidade de caloria dos alimentos, ao tipo de alimento consumido ou, ainda, ao tipo de nutriente que compõe esses alimentos? Atualmente, termos como “alimento funcional” e “superalimento” têm ganhado destaque nas mídias. Mas, você sabe o que eles significam exatamente e o impacto que eles exercem na sua saúde?
Às vezes, escolhas alimentares saudáveis podem ser pouco intuitivas. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
A nutrição ideal será sempre aquela pautada nas particularidades de cada indivíduo. Deve-se levar em conta os hábitos, gênero, idade, genética, microbiota e histórico médico, buscando um plano alimentar individualizado. Se quiser ler um pouco mais sobre dietas individualizadas, clique aqui.
O que são os alimentos funcionais?
Você pode pensar: ué, mas todo alimento não é funcional, já que cumpre a função de nutrir o organismo? Na verdade, este conceito de alimento funcional vai um pouco além. Ele engloba os alimentos ou ingredientes que, além de sua função nutricional básica, trazem benefícios para a saúde. Isto significa que além de compor o consumo diário de macronutrientes – proteínas, carboidratos e lipídeos – esse alimento traz compostos que podem reduzir o risco de doenças, por exemplo.
No entanto, deixamos um alerta aqui. Para obter os benefícios é necessário que o consumo seja regular. Não adianta comer um cacho de uvas uma vez só no mês todo e achar que estão garantidos os benefícios das antocianinas que ele contém.
Exemplos de alimentos funcionais. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Superalimentos x Supervilões
Recentemente, ganharam destaques os chamados superalimentos – muitas vezes chamados pelo termo em inglês superfoods. Alguns profissionais usam esse termo para descrever os alimentos que combinam diversos benefícios à saúde. Na verdade, trata-se mais de uma questão de marketing do que uma classificação com base científica. Os superalimentos nada mais são do que alimentos funcionais, capazes de trazer benefícios à saúde humana. O termo superalimentos surgiu em um livro publicado em 2004 “SuperAlimentos: Quatorze alimentos que mudarão sua vida”. No entanto, o termo foi difundido e ampliado para outros alimentos, além dos 14 selecionados pelo Dr. Steven Pratt, autor do livro. 1
Embora possa parecer um título inocente, para alimentos que realmente tem um potencial benéfico para nossa saúde, o termo “superalimento” pode induzir ao erro de acreditar que esses alimentos tem poderes especiais, que são capazes sozinhos de curar doenças, por exemplo. Logicamente que alimentos saudáveis, que contêm compostos bioativos, podem contribuir para nossa saúde, mas para isso também devem ser associados a todo um estilo de vida saudável. Outro ponto é que eles são mais indicados na prevenção de doenças, ou como auxiliar no tratamento de alguns quadros. Se você já tem uma dislipidemia (aumento nos níveis de colesterol e/ou triglicerídeos no organismo), por exemplo, dificilmente seu médico vai lhe orientar a trocar o uso de medicamentos pelo consumo de nozes. Mas ele pode sugerir que você faça os dois até que seu quadro esteja controlado.
Nesse contexto, podemos considerar alguns alimentos como supervilões? Na verdade, é quase unânime (se não for realmente unânime) entre os profissionais da área que os alimentos ultraprocessados são os grandes vilões da alimentação saudável. Isso porque, na maioria dos casos, não trazem ingredientes integrais na sua composição e são pouco nutritivos. Geralmente eles são altamente açucarados, compostos por óleos hidrogenados, conservantes e flavorizantes artificiais.
O consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando no mundo todo. Atualmente, esse tipo de alimento já representa cerca de 30% da composição nutricional em países em desenvolvimento e 50% em países desenvolvidos. Os alimentos deste tipo têm sido associados ao aumento do risco de diversas doenças, tais como obesidade, diabetes tipo 2, depressão, câncer, doenças cardiovasculares e síndrome do intestino irritável. 2–5
Além disso, um trabalho de revisão com metanálise – que analisou 40 estudos de coorte (modalidade que acompanha os indivíduos por décadas) envolvendo mais de 5,7 milhões de indivíduos – concluiu que quem relatou um alto consumo de alimentos ultraprocessados apresentava um risco quase 30% maior de mortalidade comparado com quem não consumia esse tipo de alimentos. 6
Os alimentos podem contribuir ou prejudicar nossa saúde. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Quando se trata de nutrição funcional, o ponto-chave é a educação para escolhas conscientes. Saber que uma única refeição com alimentos pouco saudáveis não vai lhe deixar doente, da mesma forma que uma única refeição saudável não vai tornar sua saúde ótima. O que realmente importa é a constância. O que você consome todos (ou quase todos) os dias? O resultado de suas escolhas virá lá na frente, isso te motiva ou te assusta?
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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