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Alopecia: estratégias que podem auxiliar no crescimento capilar

Publicado em 18 de outubro de 2021.

Além de ser a moldura do rosto, o cabelo, tem o propósito de comunicar uma imagem. Assim, a queda do cabelo – popularmente chamada de calvície – exerce um grande impacto psicológico tanto para homens quanto para mulheres, afetando a qualidade de vida e o bem-estar social dos indivíduos acometidos por tal condição. A queda de cabelo pode ser desencadeada por diferentes fatores, ou mesmo representar a manifestação de uma doença sistêmica. Conheça a seguir os diferentes tipos de alopecia, suas causas e quais os tratamentos disponíveis atualmente para auxiliar na recuperação e no crescimento dos fios.

Você sabe como ocorre o ciclo de crescimento capilar?

Os folículos pilosos são considerados mini-órgãos, que apresentam uma organização estrutural complexa e que permitem a manutenção dos ciclos de crescimento dos pelos e do cabelo. Estima-se que, por dia, cerca de 50 a 100 fios de cabelo caiam, permitindo que o ciclo de crescimento capilar reinicie e novos fios de cabelo sejam formados. Este ciclo de crescimento é constituído de 4 fases: anágena, catágena, telógena e exógena. A primeira fase, a anágena, tem duração de 2 a 6 anos e compreende a fase de crescimento ativo de pelos e cabelos. Ou seja, é quando ocorre a proliferação intensa das células do folículo piloso, permitindo a produção e crescimentos dos fios. Após o término da fase anágena, o folículo passa por um período de transição caracterizado pela fase de regressão – também chamada de catágena. Nesta fase, que dura em média 1 a 2 semanas, a divisão celular cessa e o folículo se retrai em direção à superfície cutânea. A fase telógena, por sua vez, é a fase em que se inicia a queda ou perda dos fios, quando a matriz capilar se separa do folículo piloso. Esta fase tem duração de 5 a 6 semanas e é considerada, juntamente com a fase anágena, uma fase determinante na taxa de crescimento capilar, quando ocorre a proliferação e diferenciação das células tronco contidas no bulbo capilar. Por fim, ocorre o desprendimento ou queda dos fios (fase exógena), permitindo o início de um novo ciclo. A duração e a magnitude de cada uma destas fases que constitui o ciclo vital de desenvolvimento dos folículos pilosos são influenciadas por inúmeros fatores, que podem provocar o enfraquecimento ou a queda prematura dos fios. 1,2

Esquema representativo das fases do ciclo de crescimento capilar. Adaptado de www.shutterstock.com

 

Quais fatores podem interferir no ciclo de crescimento capilar?

Alterações internas ou externas ao organismo podem interferir no ciclo de crescimento dos pelos e cabelos. Dentre estes, se destacam algumas deficiências nutricionais, infecções no couro cabeludo, doenças sistêmicas ou autoimunes (como lúpus eritematoso), estresse, distúrbios hormonais, tratamento com fármacos quimioterápicos e a exposição à radiação. Assim, as duas condições mais comuns que podem levar ao desenvolvimento da alopecia são:

  • Alopecia androgênica: resulta de fatores genéticos e é caracterizada pelo afinamento dos fios, que passam a apresentar aspecto ralo e perdem a capacidade de encobrir totalmente o couro cabeludo, expondo a região frontal (popularmente conhecida como “entradas”) e da coroa nos homens. Normalmente, este processo se inicia na adolescência, quando há aumento dos hormônios sexuais, especialmente da testosterona. Em mulheres, é caracterizado pelo alargamento da risca central dos cabelos e pode estar associado com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. 3

  • Alopecia aerata: é uma doença autoimune caracterizada pela perda de cabelo e dos pelos em todo o corpo, que ocorre devido à destruição dos folículos pilosos pelas células do sistema imunológico. Pode acometer tanto homens como mulheres, e frequentemente se manifesta durante a juventude, sendo que seu desenvolvimento pode ser acelerado por alguns fatores ambientais, tal como o estresse. 4

Quais os tratamentos disponíveis para a alopecia?

Mesmo que o paciente opte pelo transplante de cabelo, definir a causa da alopecia é importante para determinar qual tratamento será adotado, o qual pode ser realizado de maneira sistêmica ou local, tendo como objetivo recuperar o crescimento capilar ou mesmo auxiliar na manutenção dos fios transplantados. Visto que alguns micronutrientes são essenciais para o desenvolvimento dos fios de cabelo, sua deficiência pode prejudicar o ciclo de crescimento capilar. Assim, estudos têm demonstrado que a suplementação com determinadas vitaminas e minerais podem auxiliar na recuperação e no engrossamento dos fios. Dentre estes compostos, a vitamina D destaca-se devido às suas propriedades anti-inflamatória e imunomodulatória, bem como por promover a proliferação e diferenciação de células tronco do folículo piloso, exercendo efeitos positivos tanto no tratamento da alopecia androgênica como da alopecia aerata. Além disso, a suplementação com alguns minerais (como zinco e ferro) está associada à redução da queda dos cabelos.

Além da suplementação com vitaminas e minerais, outras abordagens vêm sendo utilizadas em casos de alopecia. A bioestimulaçao com laser de baixa potência (também conhecido apenas como bioestimulador), por exemplo, é um procedimento não invasivo amplamente utilizado para a prevenção e tratamento de alopécias, visto que promove o fortalecimento e crescimento capilar. Além disso, o tratamento com fármacos anti-inflamatórios esteroidais (corticoides) também pode ser utilizado - tanto pela via oral como tópica - nos casos em que o quadro clínico esteja relacionado com a resposta autoimune. Adicionalmente, diversas evidências têm demonstrado a eficácia da aplicação local de minoxidil – seja no couro cabeludo, na região das sobrancelhas ou na barba – em promover uma melhora significativa a densidade de pelos e cabelo, geralmente a partir de 3 a 4 meses de tratamento. Assim, além de apresentar um excelente custo-benefício, o minoxidil tem se mostrando uma estratégia não invasiva segura e efetiva para estimular o crescimento capilar e auxiliar no tratamento da alopecia. Ainda, evidências clínicas demonstram que a aplicação tópica de melatonina e adenosina base promove uma uma redução significativa da queda capilar, bem como aumenta a espessura e a densidade dos fios de cabelo, indicando um efeito positivo no tratamento da alopécia. 5–9

Por fim, a eficácia de alguns protocolos de tratamento utilizando o plasma enriquecido com plaquetas tem sido avaliada e vêm demonstrando efeitos clínicos significativos. Este tratamento consiste na coleta e centrifugação de sangue do próprio paciente, seguido da extração da parte rica em plaquetas, que é então ativada e injetada no couro cabeludo do paciente. 5

Principais causas e tratamentos atualmente disponíveis para a alopécia. Adaptado de: www.shutterstock.com

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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