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Autismo e suplementação alimentar

Publicado em 01 abril de 2024.

 

Você sabia que abril é considerado o Mês da Conscientização Sobre o Autismo? Essa data foi escolhida pela ONU com a finalidade de conscientizar a população, além de aumentar a visibilidade e melhorar a inclusão social de pessoas diagnosticadas com essa condição. 1

Estima-se que no mundo, 1 em cada 44 crianças sejam diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA), sendo esta condição mais frequente em meninos. Nos últimos 50 anos, estudos epidemiológicos têm demonstrado um aumento no diagnóstico de casos de TEA, mesmo esse número sendo muitas vezes subestimado, principalmente em países subdesenvolvidos. 1-2

 

O que é transtorno do espectro autista (TEA)?

O autismo é uma condição multifatorial, de etiologia genética e ambiental, que afeta o neurodesenvolvimento infantil com diferentes graus de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, além de diferentes interesses individuais que costumam ser realizados de forma repetitiva. Esse transtorno se inicia na infância, sendo que o primeiro diagnóstico costuma aparecer por volta dos primeiros cinco anos de idade, persistindo na adolescência e na idade adulta, comumente sendo acompanhado por outras condições como epilepsia, depressão, ansiedade, déficit de atenção, hiperatividade e dificuldade para se alimentar. 1


O TEA acomete 1 em cada 44  crianças em todo mundo. Adaptado de Shutterstock.com, 2024.

 

Como tratar o TEA?

Os tratamentos de primeira linha do TEA podem ser classificados como não farmacológicos ou farmacológicos. A terapia não farmacológica envolve o cuidado profissional dos aspectos cognitivos, de comunicação e de interação social. Já os tratamentos farmacológicos buscam tratar as comorbidades ou disfunções secundárias que costumam acometer essa população, incluindo distúrbios do sono, ansiedade, irritabilidade, agressividade, bem como os comportamentos repetitivos. 3

Os tratamento não farmacológicos do TEA são elaborados por profissionais habilitados e  incluem: intervenção educacional, desenvolvimento comportamental e de interações sociais, bem como terapia cognitivo-comportamental. Esses tratamentos tendem a atenuar as alterações psicológicas secundárias de pessoas com TEA, tais como ansiedade, depressão, regulação do comportamento social, da comunicação verbal e não verbal. 4-7

 

Suplementação vitamínica e TEA

Uma das características comuns no TEA é a dificuldade em se alimentar adequadamente, sobretudo devido à seletividade alimentar. Como consequência, deficiências de macro e micronutrientes podem ser observadas em alguns casos e, se não manejadas de forma adequada, contribuem para o prejuízo no neurodesenvolvimento, aumento do risco de mortalidade infantil, maior vulnerabilidade a infecções e desenvolvimento de síndromes metabólicas. Além disso, estudos têm demonstrado os benefícios da suplementação de vitaminas (B1, B6, B9, B12 e D) e magnésio, atenuando a manifestação do sintomas associados a essa condição. 8-11

Nesse contexto, a suplementação com vitamina B1 (tiamina) tem sido associado à redução do estresse oxidativo e regulação dos níveis de neurotransmissores em indivíduos com TEA. Já a vitamina B6 (piridoxina) em associação ao magnésio, parece contribuir para a melhora da interação social e da comunicação, bem como para diminuição de estresse. Já foi demonstrado, também, que a deficiência da vitamina B12 (cobalamina) pode desencadear alterações cognitivas e irritabilidade, sendo sua suplementação benéfica na diminuição dos sintomas clínicos do TEA. Adicionalmente, estudos demonstram os benefícios da suplementação da vitamina D, associada à diminuição da irritabilidade e hiperatividade em crianças com TEA. 3

 


A suplementação pode auxiliar no manejo dos sintomas do TEA. Adaptado de Shutterstock.com, 2024.

 

E aí, você já conhecia os benefícios da suplementação no manejo dos sintomas do TEA? Não deixe de nos acompanhar nas redes sociais para se manter sempre atualizado.

 

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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