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Como o estilo de vida pode afetar os nossos genes?

Publicado em 25 de novembro de 2020.

O “estilo de vida” é uma expressão moderna e muito utilizada para exemplificar alguns aspectos comportamentais, como os hábitos diários, alimentação, padrão de consumo, rotina e a cultura na qual o indivíduo está envolvido. Além disso, durante as diferentes fases da vida este comportamento pode ser alterado por influencia de fatores ambientais e emocionais, alterações na natureza, aspectos culturais ou por mudanças genéticas (epigenética).1,2

Embora pouco conhecida, a palavra epigenética é bem antiga. Há mais de 2000 anos Aristóteles já acreditava que todas as nossas características eram originadas de um processo denominado epigênese”. Entretanto, foi só no início da década de 40 que o biólogo Conrad Waddington passou a utilizar a palavra epigenética para se referir à maneira como os genes interagem com o meio ambiente, e como essa relação interfere no nosso desenvolvimento e em nossas características.3

O estilo de vida pode ser influenciado tanto pelo ambiente no qual estamos inseridos, quanto por características individuais determinadas pelos nossos genes.

Ainda que por muito tempo tenha se acreditado que nossas características genéticas permaneciam inalteradas ao longo da vida, inúmeros estudos vêm mudando esse paradigma e mostrando cada vez mais que o nosso organismo se adapta ao ambiente em que estamos inseridos e ao nosso estilo de vida. Esse fato pode ser observado, por exemplo, ao se comparar dois gêmeos univitelinos (apresentam o mesmo código genético) que crescem em ambientes diferentes. Embora semelhantes (fisicamente), é possível identificar grandes diferenças em sua personalidade, desempenho físico, metabolismo e sistema imune. Mas você já se questionou como duas pessoas “iguais” geneticamente podem apresentar tantas diferenças?3,4

Nas nossas células existem inúmeros compostos chamados de “fatores”, que controlam a expressão gênica, ou seja, o processo pelo qual a informação contida em sequências de DNA (os genes) origina produtos gênicos, como proteínas, enzimas e hormônios. Esses fatores atuam como sinalizadores, que indicam como as células devem reagir e se adaptar frente a diferentes situações. Desta forma, sofrem grande influência do aporte nutricional, condições de oxigenação, níveis de citocinas pró-inflamatórias e espécies reativas de oxigênio no organismo, entre outros.5,6

Mesmo que possuam um código genético idêntico, irmãos gêmeos podem apresentar inúmeras diferenças físicas e comportamentais devido à influência que o ambiente no qual estão inseridos exerce sobre a expressão dos seus genes. 

Esses mecanismos moleculares são extretamente importantes, pois ao influenciarem a expressão gênica, impedem que pequenas mudanças ambientais provoquem grandes variações no funcionamento dos órgãos e tecidos. No entanto, alguns fatores podem prejudicar a capacidade do organismo em modificar a expressão gênica, contribuindo para o desenvolvimento de diversas doenças. Dentre estes, a ingestão crônica de açúcares e gorduras saturadas, o sedentarismo e o tabagismo, exercem um impacto direto sobre os nossos genes. Assim, não é exagero afirmar que “nós somos o que comemos” (ou até o que fazemos).

Outras influências ambientais também estão associadas a variações epigenéticas. Dentre elas,  a exposição excessiva à radiação solar, que pode provocar mudanças na coloração e na estrutura da pele, queimaduras, danos ao tecido cutâneo favorecendo  o desenvolvimento de doenças (tal como o câncer de pele).  Além disso, o estresse também pode induzir alterações epigenéticas e prejudicar a síntese e liberação de hormônios, induzir alterações metabólicas, bem como interferir no funcionamento dos sistemas imunológico, digestivo, muscular e cardiovascular. Com isso, pode resultar em redução da resistência muscular e aumento da fadiga e do mal humor.6,8

Fatores ambientais que provocam mudanças no organismo humano.

Felizmente, a natureza é transitória e reversível, assim como nossos hábitos e costumes que podem adaptar o nosso organismo a diferentes situações. Essa transitoriedade possibilita que as variações epigenéticas possam ser exploradas como uma ferramenta promissora tanto na prevenção como no tratamento de inúmeras condições clínicas. Desta forma, manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, e incluir na rotina cuidados com a saúde da pele e com a saúde mental são que afetam positivamente os nossos genes, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar.

É interessante ressaltar, ainda, que estas alterações na expressão gênica que são influenciadas pelo meio ambientes (ou seja, pelo estilo de vida) também podem ser passadas para as próximas gerações. Isso significa que adotar um estilo de vida saudável não traz benefícios apenas para a sua saúde no presente, mas também pode beneficiar seus filhos e, possivelmente, até seus netos.

 

 

Malpighia glabra (popularmente conhecida como aceroleira, cerejeira-do-pará, cerejeira-de-barbados ou cerejeira-das-antilhas) é um arbusto nativo da América Central e do norte da América do Sul, atualmente cultivada sobretudo no Brasil, no México e em algumas regiões do Sudeste Asiático e da Índia. Seu fruto, a acerola, possui sabor característico e apresenta uma coloração vermelha brilhante após a maturação, o que está relacionado ao seu alto teor de carotenoides e antocianinas. Neste fruto também são encontrados inúmeros compostos fenólicos, flavonoides, ácidos orgânicos (como o ácido málico), e minerais, além de uma quantidade considerável de ácido ascórbico (vitamina C), cerca de 50 a 100 vezes mais do que é encontrada na laranja ou no limão.

O potencial nutracêutico da acerola vem sendo cada vez mais explorado, visto que além de seu alto valor nutricional, este fruto também contém uma grande quantidade de compostos bioativos de interesse terapêutico, associados principalmente às propriedades antioxidantes. Estudos demonstram que o ácido ascórbico é responsável por 40 a 80% do efeito antioxidante dos extratos de acerola, sendo este efeito potencializado através da ação sinérgica com os demais compostos fenólicos presentes neste fruto. Assim, os extratos de acerola têm se mostrado altamente eficazes em neutralizar as principais espécies reativas e radicais livres capazes de danificar componentes celulares, incluindo proteínas, lipídios e ácidos nucléicos, conferindo proteção contra alterações epigenéticas associadas ao desenvolvimento de diversas doenças.

Principais efeitos dos compostos bioativos encontrados na acerola.

 

Vitamina E é um termo genérico utilizado para descrever um grupo de oito substâncias químicas distintas, designadas como α, β, ϒ e δ-tocoferol, e α, β, ϒ e δ-tocotrienol. Apesar de da semelhança estrutural e de apresentarem boa absorção após ingestão através da dieta, inúmeros estudos vêm demonstrando que esses compostos podem exercer funções biológicas distintas no organismo.

O EVNolMaxTM consiste na associação de todas as formas de tocotrienois, isolados a partir da planta Elaeis guineensis, e aos quais são atribuídos propriedades antioxidantes, hipolipemiante, quimio e neuroprotetora potentes. Dentre os principais efeitos biológicos dos tocotrienóis destaca-se a ação inibitória sobre a β-hidroxi-β-metilglutaril-CoA redutase (HMG-CoA redutase), enzima hepática essencial para a biossíntese de colesterol. Assim, a suplementação com estes compostos pode auxiliar na prevenção e no tratamento de dislipidemias e doenças cardiovasculares, como a aterosclerose.

Entretanto, os efeitos biológicos dos tocotrienóis não se restringem à sua ação inibitória sobre a enzima hepática HMG-CoA redutase. Após suplementação por via oral e absorção através do trato gastrointestinal, esses compostos são incorporados a lipoproteínas e distribuídos através da corrente sanguínea para outros órgãos além do fígado, onde estão envolvidos com a regulação de diversos processos fisiológicos. Dentre estes, os tocotrienóis desempenham um papel importante na proteção contra danos oxidativos ao induzirem a ativação de genes relacionados à expressão de enzimas antioxidantes, tal como a superóxido dismutase (SOD) e a glutationa peroxidase (GSH-Px).

Da mesma forma, já foi demonstrado que os tocotrienois também inibem a via de sinalização celular da proteína STAT3 e a expressão de fatores de transcrição gênica como o fator nuclear kappa B (NF-kB), associado à expressão de genes pró-inflamatórios. Através deste mecanismo, a suplementação com tocotrienóis protege o organismo de danos provocados por mudanças no microambiente celular e ao estresse oxidativo, que estão diretamente relacionados ao processo de envelhecimento.

Assim, a suplementação com EVNolMax™ também pode ser benéfica para prevenção e tratamento de diversas doenças relacionadas ao excesso de radicais livres, tais como câncer e doenças neurodegenerativas.

Os tocotrienóis presentes em EVNolMax™ atenuam danos celulares ao aumentar a síntese de enzimas antioxidantes e suprimir a expressão de mediadores inflamatórios.

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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