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Conheça os efeitos dos probióticos no metabolismo energético e gerenciamento do peso

Publicado em 18 de maio 2020.

 

Os hábitos alimentares e a prática regular de atividades físicas estão diretamente relacionados ao gerenciamento do peso corporal, pois influenciam parâmetros como a ingestão calórica e o consumo energético. Além disso, ao longo dos últimos anos, evidências crescentes têm demonstrado que a composição da microbiota intestinal também exerce um impacto significativo sobre o metabolismo energético e a regulação da taxa metabólica, contribuindo para a manutenção do peso e do percentual de gordura corporal.

O organismo humano possui a mesma proporção de microrganismos (principalmente bactérias, mas também fungos, protozoários e vírus) e de células que compõem seus tecidos, sendo que só no intestino de um indivíduo saudável são encontradas cerca de 160 espécies diferentes de microrganismos. A microbiota comensal do ser humano, além de impedir que espécies patogênicas colonizem o intestino, também exerce uma ampla variedade de funções fisiológicas. Dentre essas, destacam-se a participação no metabolismo dos alimentos, síntese de vitaminas, produção de metabólitos bioativos, regulação de vias de sinalização do sistema nervoso central, imunomodulação, entre muitas outras. Portanto, um intestino saudável é fundamental para a saúde e bem estar!1,2

O balanço energético reflete o equilíbrio entre a quantidade de calorias obtidas através da alimentação e a quantidade dispendida durante as reações metabólicas. Quando a quantidade de calorias ingeridas durante um período de tempo é superior àquela utilizada pelo organismo (balanço energético positivo), a energia excedente é armazenada na forma de gordura no tecido adiposo e, em longo prazo, pode contribuir para o ganho de peso e desenvolvimento de sobrepeso e obesidade. A obesidade é uma condição clínica complexa e de etiologia multifatorial usualmente associada com outras patologias, como diabetes tipo 2 e doença cardiovascular (síndrome metabólica), que resultam na instalação de um quadro inflamatório crônico. Está entre as doenças metabólicas mais frequentes da atualidade e representa um fator de risco importante no desenvolvimento de diferentes patologias, como diabetes, dislipidemias e aterosclerose.3,4

 

A manutenção do peso corporal e do balanço energético resultam do equilíbrio entre o consumo metabólico e da ingestão de calorias através da dieta
 

No que diz respeito à relação entre microbiota intestinal e manutenção do peso corporal, evidências obtidas em estudos pré-clínicos e clínicos indicam que a obesidade está associada a alterações no número e na diversidade das bactérias que colonizam o intestino. O microbioma (ou genoma microbiano) contém inúmeros genes que não fazem parte do material genético de humanos. Estes genes, por sua vez, codificam enzimas, proteínas e mediadores químicos envolvidos diretamente na quebra de compostos não digeríveis presentes nos alimentos, no metabolismo de açúcares e lipídeos, bem como na síntese de hormônios relacionados com a regulação do apetite e saciedade. Determinadas bactérias da microbiota intestinal metabolizam ácidos biliares e favorecem a ativação do receptor de ácido biliar (também conhecido como receptor farnesóide X ou NR1H4), envolvido no aumento da taxa metabólica no tecido adiposo, redução do acúmulo de gordura hepática e dos níveis séricos de glicose. Além disso, estas bactérias também promovem o aumento da secreção do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) e peptídeo YY (PYY) por células enteroendócrinas, resultando na redução da ingestão alimentar e aumento da secreção de insulina.5-9

Bactérias pertencentes aos filos Firmicutes e Bacteroidetes estão entre os microrganismos mais abundantes da microbiota intestinal dos seres humanos. Diversas evidências apontam que o equilíbrio entre estas bactérias na composição da microbiota intestinal exerce impacto significativo no balanço energético do metabolismo e na manutenção do peso corporal, enquanto alterações na relação Firmicutes/ Bacteroidetes podem ser observadas em distúrbios metabólicos e obesidade. Já foi demonstrado que a microbiota intestinal de indivíduos obesos costuma apresentar um desequilíbrio na proporção entre estas bactérias em decorrência do aumento de espécies Firmicutes em paralelo à redução de espécies de Bacteroidetes. Além disso, estudos demonstram que o número de microrganismos do filo Bacteroidetes pode aumentar à medida que indivíduos obesos perdem peso através da adesão a dietas hipocalóricas com restrição de gorduras ou carboidratos, sugerindo a relação de causalidade entre a proporção de Firmicutes e Bacteroidetes na microbiota intestinal e o gerenciamento do peso corporal.9-12

 

Composição e proporção (em %) dos principais gêneros de bactérias que colonizam a microbiota intestinal de indivíduos eutróficos (peso adequado) e obesos. Em indivíduos eutróficos, a microbiota intestinal é colonizada principalmente por bactérias dos gêneros Bifidobacterium, Clostridium, Lactobacillus e Enterococcus (23, 34, 14 e 13%, respectivamente), enquanto em indivíduos obesos predominam bactérias dos gêneros Clostridium, Lactobacillus, Enterococcus e Bifidobacterium (46, 17, 15 e 10%). Além disso, na microbiota intestinal de indivíduos eutróficos ou obesos também são observadas diferenças em relação às bactérias de um mesmo gênero: enquanto indivíduos eutróficos apresentam maior diversidade de Bifidobacterium (incluindo B. adolescentis, B. longum e um grupo não classificado (7, 4 e 8%, respectivamente), a microbiota intestinal de indivíduos obesos é colonizada principalmente por B. longum.13

 

Nesse contexto, a suplementação com probióticos tem se mostrado benéfica na melhora do perfil metabólico e no gerenciamento do peso corporal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), probióticos podem ser definidos como microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. As espécies de bactérias dos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium, juntamente com a levedura Saccharomyces boulardii,são as mais comumente utilizadas como probióticos e associadas a inúmeros efeitos benéficos ao organismo.9

 

 
 

Resultados obtidos em diversos estudos clínicos demonstram que a suplementação com probióticos pode contribuir para o balanço energético adequado e exercer um efeito protetor contra o ganho de peso corporal. Além disso, a intervenção com probióticos pode reduzir o acúmulo de gordura visceral (relacionada ao aumento da liberação de mediadores inflamatórios, desenvolvimento de resistência à insulina, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, síndrome metabólica, entre outras), bem como promover um aumento da sensação de saciedade e, consequentemente, redução da ingestão alimentar.   Dessa maneira, a suplementação com probióticos – mediante orientação de profissional de saúde habilitado – vem cada vez mais ganhando destaque com uma intervenção terapêutica eficaz e segura, destinada ao manejo do sobrepeso e obesidade e possíveis doenças associadas.9,15-23

 

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