Cuidados no inverno: como manter a saúde em dia
Publicado em 18 junho de 2024.
O inverno traz consigo dias mais curtos, noites mais longas e um clima frio e seco – todos fatores que alteram o metabolismo do corpo. As baixas temperaturas e o ar seco são frequentemente associados ao aumento dos casos de doenças respiratórias, mas podem afetar também a saúde da pele e o funcionamento do sistema cardiovascular. Por isso, essa estação exige atenção especial à saúde, e hoje vamos entender por que isso acontece e o que podemos fazer para nos cuidar durante os meses mais frios.
Medidas que contribuem para a adaptação do organismo e manutenção da saúde frente às mudanças climáticas que ocorrem durante o inverno. Adaptado de Shutterstock.com, 2024.
Doenças respiratórias
Durante o inverno, a incidência de doenças respiratórias – como gripes, resfriados e bronquite – aumenta consideravelmente, assim como os sintomas e crises agudas de asma e rinite alérgica. Os principais fatores responsáveis são a sazonalidade dos vírus causadores dessas doenças e as mudanças nos parâmetros ambientais e no comportamento humano.1-2
As baixas temperaturas e a umidade favorecem a sobrevivência e aumentam a estabilidade dos vírus respiratórios, o que leva a um aumento da sua virulência. Um exemplo são os vírus causadores da gripe (Influenza e vírus sincicial respiratório), doença respiratória que apresenta forte sazonalidade e maior incidência nos meses de inverno.1
Durante essa estação, as defesas imunológicas também se tornam menos eficazes. O ar seco e frio prejudica as mucosas das vias respiratórias, comprometendo a proteção do organismo contra os patógenos e facilitando as infecções. Além disso, a exposição à luz solar diminui, o que resulta na redução dos níveis endógenos de vitamina D (que é essencial para a função imunológica) e, portanto, aumenta a suscetibilidade a infecções.1-3
Outro fator contribuinte é o aumento da permanência das pessoas em ambientes fechados e com pouca circulação do ar devido ao frio, facilitando a transmissão de vírus pelo ar e contato com superfícies contaminadas.
Portanto, durante o inverno é importante adotar medidas para proteger a saúde respiratória, como evitar contato próximo com pessoas doentes, lavar as mãos com frequência, manter a casa bem ventilada e, quando possível garantir exposição adequada ao sol para manter os níveis de vitamina D. Também é preciso cuidar da hidratação das vias áreas (utilizar umidificadores de ambiente e lavagem nasal) e manter o calendário de vacinas em dia, garantindo a proteção de formas agudas e graves das infecções respiratórias.
Adicionalmente, seguir uma dieta equilibrada e rica em nutrientes com efeitos antioxidante e inflamatório aumenta a resposta imune do organismo. A utilização de suplementos – como quercetina, zinco, vitamina D3, beta glucana e cúrcuma – também ajuda a fortalecer o sistema imune e reduzir a incidência e os sintomas das doenças respiratórias.4-14
Ainda, o equilíbrio da composição da microbiota intestinal tem um impacto significativo sobre a resposta imune. Nesse sentindo, a suplementação com microrganismos viáveis, inativados ou não viáveis é uma opção terapêutica eficaz para melhorar o funcionamento do sistema imunológico e das respostas de defesa do organismo. 15-16
Todas essas medidas contribuem para uma adaptação mais rápida do organismo frente às mudanças provenientes do inverno e desempenham um papel importante na prevenção de doenças.
Cuidados com a pele
No inverno a umidade do ar diminui significativamente. Como consequência, o ar mais seco reduz a umidade da pele, resultando no seu ressecamento. A inversão térmica diminui a concentração de esqualeno – que é o principal componente lipídico produzido pelas glândulas sebáceas, e tem como função lubrificar, hidratar e manter a pele protegida de bactérias e outros riscos, como a poluição. Assim, o ressecamento da pele favorece também a manifestação de inflamações cutâneas, como a dermatite atópica.17-20
O aumento da temperatura do chuveiro durante os banhos também prejudica a hidratação da pele. Por isso, é importante evitar banhos muito quentes e prolongados, pois eles podem agravar o ressecamento da pele.
Além disso, durante essa estação é necessário redobrar os cuidados na rotina de skincare, e utilizar cremes específicos que contenham ingredientes – como D-pantenol, ácido hialurônico e ácido alfa lipoico – que melhoram a hidratação e protegem a pele. Também é preciso aplicar protetor solar, mesmo nos dias nublados, para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV.21-24
Saúde cardiovascular
O frio interfere na circulação sanguínea – aumenta a vasoconstrição – e pode levar ao aumento da pressão arterial. Por isso, o inverno está associado a um aumento na ocorrência de doenças cardiovasculares, sendo os indivíduos mais vulneráveis aqueles com idade entre 75 e 84 anos e/ou com doenças cardíacas pré-existentes. 25-27
Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, durante o inverno a ocorrência de infarto agudo do miocárdio (IAM) pode aumentar em até 30%, especialmente em temperaturas abaixo de 14°C. Além disso, os índices de acidente vascular cerebral (AVC) podem crescer até 20% nesse período. 25-27
Para cuidar da saúde do coração durante o inverno, é necessário utilizar roupas adequadas para manter o corpo aquecido e evitar mudanças bruscas de temperatura. Além disso, praticar exercícios físicos regularmente ajuda a melhorar a circulação sanguínea. Seguir uma dieta equilibrada e rica em ômega-3, potássio e magnésio, bem como utilizar suplementos que melhoram o fluxo sanguíneo e a vasodilatação (como a L-citrulina e a L-arginina) são medidas que também contribuem para reduzir o risco de doenças cardiovasculares.28-29
Adotar esses cuidados durante o inverno minimiza os impactos negativos das alterações nas condições climáticas e previne doenças típicas dessa época do ano. Ao promover o bem-estar e a saúde, essas práticas permitem aproveitar o inverno de uma forma mais confortável e segura.
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
Prescritores e farmacêuticos que desejarem obter mais informações sobre os nossos insumos podem entrar em contato com o nosso SAC por meio do e-mail sac.active@caldic.com ou pelo 0800 001 1313.
Será um prazer atendê-los!
Gostou do conteúdo?
|
Siga nosso Instagram e acompanhe outros assuntos: @caldicmagistral.br