Diabetes: o que muitos não sabem além do consumo de açúcar
Publicado em 09 de setembro de 2022
Quando você escuta falar da diabetes tipo 2, você também pensa rapidamente no açúcar? Você acredita que as pessoas que desenvolvem essa doença chegaram a ela apenas por um descontrole na ingestão de doces? Ou, ainda, por exagerar no consumo de açúcar refinado? Bem, se você respondeu que sim a uma ou a todas essas perguntas, saiba que você não está sozinho.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), revelou que grande parte das pessoas pensa que a diabetes é uma doença causada exclusivamente pelo consumo desenfreado de doces. Os dados demonstraram que quase 90% dos entrevistados acreditavam que basta somente evitar ingerir açúcar para estar protegido dessa doença. 1
Na verdade, isso é um grande mito! O ponto principal na prevenção da diabetes é a manutenção de um estilo de vida saudável. Para isso, como sempre enfatizamos aqui: não há como fugir de uma boa alimentação e da regularidade na prática de exercícios físicos. Além disso, não é um único alimento (mesmo o açúcar) que vai levar ao desenvolvimento da diabetes. Ela é uma doença multifatorial, ou seja, envolve a combinação de vários fatores ambientais e genéticos. Entretanto, abusar na ingestão de açúcar e de carboidratos, sem uma rotina de exercícios e sono de qualidade pode favorecer o sobrepeso, a obesidade e, consequentemente, o desenvolvimento da diabetes.
Mas vale o lembrete, quem não come tantos doces, mas abusa das massas e frituras, já está com sobrepeso e é sedentário, também está em grande risco de desenvolvimento de diabetes!
Aspectos relacionados à diabetes tipo 2. Adaptado de shutterstock.com, 2022.
Diabéticos não podem ingerir carboidratos
Este é outro grande mito. Diabéticos não só podem como – de maneira geral – devem consumir carboidratos. Esse macronutriente é bastante importante para o bom funcionamento do organismo, sendo a principal fonte energética utilizada pelas nossas células. No entanto, essa ingestão deve ser balanceada. Outro ponto importante nesse contexto é o tipo de carboidrato, seu índice glicêmico e carga glicêmica (se quiser relembrar esses conceitos, clique aqui). Mais uma vez, a chave do sucesso pode estar em um bom acompanhamento profissional.
Dito isso, podemos voltar um pouco ao açúcar. Na verdade, os açúcares simples tem uma parcela de culpa. A glicose, quando em grandes quantidades, como a encontrada em produtos industrializados (como balas e chocolates) ou no próprio açúcar refinado, geram o que chamamos de pico glicêmico. Esse termo define a concentração máxima que o açúcar atinge na circulação sanguínea.
Com uma quantidade exacerbada de açúcar na corrente sanguínea ocorre uma liberação maior do que a normal de insulina para que a glicose possa ser absorvida pelos tecidos (se quiser entender como o açúcar chega à circulação sanguínea, clique aqui). Se esses picos glicêmicos são muito altos, e repetidos frequentemente, há uma tendência de prejuízo na resposta à insulina. Para ilustrar podemos pensar em um botão, que quando é ativado muito frequentemente começa a falhar. No caso do açúcar no sangue, quando temos muitos picos glicêmicos descontrolados, os tecidos desenvolvem uma resistência à ação da insulina, o que é um dos principais mecanismos envolvidos na diabetes tipo 2 – mas não o único.
Consequências perigosas
Outra pesquisa, também da SBD, demonstrou que 28% das pessoas acreditam que é uma doença exclusiva de idosos (o que também não é verdade), e quase metade da população brasileira subestima as consequências mais graves da diabetes. 2
A falta de tratamento adequado para a diabetes pode desencadear diversas complicações. Adaptado de shutterstock.com, 2022.
A diabetes tipo 2 é uma doença multifatorial e bastante complexa. Resumi-la única e exclusivamente à ingestão descontrolada de açúcar e carboidratos pode gerar uma confusão e dificultar o entendimento da estratégia com maior taxa de sucesso na prevenção da diabetes tipo 2: a manutenção de hábitos saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e um sono de qualidade. Além disso, é importante manter seu peso corporal e níveis de colesterol dentro de uma faixa adequada.
E se você quiser ler um pouquinho mais sobre a relação entre obesidade e diabetes tipo 2, clique aqui.
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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