Esporte de alto rendimento e estresse: será que tem ligação?
Publicado em 29 de abril de 2022
Esporte é saúde, certo? Sim, o esporte pode contribuir muito não só para a saúde física, mas também no desenvolvimento de inúmeras habilidades sociais. Mas e quando o esporte deixa de ser uma válvula de escape do estresse e passa a ser o causador dele? É isso que muitos atletas de alto rendimento vivem durante o preparo e a realização de competições.
A competição e a pressão que a acompanha são pontos importantes em praticamente qualquer esporte. Apesar de também afetar os atletas amadores, torna-se mais evidente quando falamos de atletas profissionais. Durante a realização da Olimpíada de 2021 em Tóquio, por exemplo, a ginasta Simone Biles – favorita ao título da modalidade solo – desistiu de competir na final em razão de sua saúde mental, trazendo à tona essa temática superimportante. 1
A prevalência dos distúrbios de ansiedade em atletas de elite parece ser a mesma da população em geral. No entanto, alguns estudos vêm demonstrando particularidades desse grupo. Por exemplo, jogadores de rúgbi de elite apresentam mais sintomas do transtorno de ansiedade generalizada e nadadores olímpicos tem uma maior taxa de diagnósticos de depressão. 2
Exemplos de estressores que afetam a saúde mental de atletas de alto rendimento. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Outro ponto interessante é que atletas de elite que participam de esportes de equipe são menos propensos a desenvolverem transtornos mentais do que os que praticam esportes individuais. Sentir-se parte de um grupo pode ser algo muito positivo para a saúde mental. Na publicação da semana passada falamos deste e de alguns outros benefícios de diferentes tipos de esportes, se quiser revê-la clique aqui.
Burnout e overtraining
Um termo que está bastante em alta nos últimos meses é “burnout”. A Síndrome de burnout ou do esgotamento profissional é um transtorno emocional caracterizado por altos níveis de estresse, exaustão mental e cansaço físico extremo. Ela é desencadeada por um trabalho desgastante, seja por uma demanda excessiva, um ambiente altamente competitivo, que tenha muitas responsabilidades ou ainda que combine esses fatores.
Bem, não é difícil entender porque a Síndrome de burnout é uma condição que acomete os atletas de alto rendimento, uma vez que esse é um dos nichos de altíssima competitividade. Muitas vezes, a diferença no pódio é determinada em poucos milímetros ou em milissegundos e, na busca constante pela superação, os atletas acabam cometendo um grande erro: o overtraining – termo em inglês utilizado para designar um sobretreinamento ou um excesso de exercícios físicos sem respeitar os limites do corpo para recuperação adequada. Enquanto o burnout é o esgotamento mental, o overtraining é o esgotamento físico do atleta, e essa é uma combinação bastante perigosa! 3
Dois problemas que podem afetar a saúde dos atletas de alto desempenho: burnout e overtraining. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Mas em um ambiente tão competitivo quanto o do esporte de alto desempenho, será que é possível manter a saúde mental?
Claro que sim! Ter um bom treinador ou uma boa equipe de treinamento é essencial para monitorar a saúde física e não deixar o atleta cair no overtraining, bem como para auxiliar na percepção do seu estado de saúde mental. Inclusive, algumas equipes já contam com psicólogos especializados nessa área. Mas quem ainda não conta com essa realidade pode sempre procurar um psicólogo no sistema de saúde. O importante é cuidar da sua saúde mental!
Além disso, existem técnicas que podem ajudar a lidar de maneira mais saudável com o estresse e com a pressão das competições esportivas. A prática regular de meditação do tipo mindfulness pode ajudar a manter a saúde mental. Ainda, essa prática traz benefícios adicionais aos atletas, como aumento do desempenho esportivo e redução do risco de lesões. 4
Utilizar uma técnica de respiração pode ajudar no manejo do estresse antes de uma competição. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Outra estratégia que pode ser interessante nesse contexto é o uso de fitoterápicos. No caso dos atletas, eles são especialmente interessantes, já que muitos dos medicamentos utilizados para controle da ansiedade na clínica podem comprometer os exames de doping. O extrato de Saffron (Crocus sativus) é um ótimo exemplo de fitoterápico que pode auxiliar no manejo do estresse, ajudando a prolongar a ação da serotonina no cérebro. Outro exemplo é a erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), que contém fitomelatonina, capaz de melhorar o manejo do estresse, a qualidade do sono e o humor. A bacopa (Bacopa monnieri) também tem fortes propriedades adaptógenas, e é neuroprotetor, pois neutraliza radicais livres produzidos pelo estresse no cérebro. 5–7
Apesar desse lado que muitos podem enxergar como ruim do esporte, com certeza esse universo tem muito mais pontos positivos! A própria competição pode ser encarada com uma mentalidade positiva, como agente motivador de autossuperação. O segredo, como sempre, é buscar conduzir a vida (e o esporte) com equilíbrio!
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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