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Fome emocional: Já ouviu falar?

Publicado em 08 de março de 2022.

Sabia que a fome pode alimentar nossas emoções? Pense um pouco. Você já se sentiu melhor depois de comer algo que você gosta? Ou já percebeu que dependendo do dia, é muito difícil resistir a certos alimentos? Em caso afirmativo, suas emoções foram alimentadas pela fome emocional. Os filmes demonstram muito bem essa forma de alimentação. Já percebeu que todas as vezes que a protagonista não está se sentindo bem – ansiosa, triste, sozinha ou entediada – sempre há uma geladeira ou um armário, com guloseimas irresistíveis, ao alcance dos olhos? Então ela começa a comer (muitas vezes chorando) e na próxima cena, ela aparece plena e feliz, nos induzindo a acreditar que aquele alimento resolveu todos os seus problemas. Dessa forma, nossas emoções nos influenciam a consumir alimentos sem que haja a necessidade.

Mas qual a função da fome?

Fisiologicamente, a fome sinaliza quando é necessário ingerir alimentos, a fim de promover o aporte de energia e nutrientes necessários para a sobrevivência do organismo. Contudo, atualmente essa palavra passou a ter uma nova conotação. A comida sempre foi parte essencial das relações humanas, estando associada com momentos de confraternização e com sensações prazerosas, tendo um papel importante na cultura de uma população. Dessa forma, muito mais que o aporte nutricional, a busca por alimento passou a ser uma estratégia para buscar conforto e sensações agradáveis, por essa razão esse comportamento pode ser diretamente influenciado pelo estado emocional do indivíduo. 1

Afinal, o que é fome emocional?

Esse tipo de fome busca a ingestão de alimentos a fim de suprir necessidades psicológicas, promovendo uma necessidade repentina de comer algo específico que, muitas vezes, não resulta na sensação de saciedade após sua ingestão. Os alimentos desejados normalmente são fontes de carboidratos simples e, ao serem ingeridos, promovem aumento da glicose (açúcar) na circulação sanguínea, o que pode gerar a sensação de prazer e a compensação das decepções, tristezas, inquietações, perdas e ansiedade. Mas, por que isso acontece? 2

Sentimentos negativos como frustração, ansiedade, raiva, cansaço, tédio, tristeza, depressão e baixa autoestima, promovem o estresse, alterando o humor e afetando o comportamento alimentar. Esse estresse emocional contribui para o aumento do apetite e da ingestão de alimentos, uma vez que propicia uma justificativa para a necessidade de recompensa, como, por exemplo em situações que pensamos: “hoje foi difícil, eu mereço”, ou “estou muito estressada, mereço um chocolate”. No entanto, quando cedemos a esses pensamentos com frequência surgem os sentimentos de culpa, que agravam ainda mais os quadros de estresse e ansiedade. Ainda, as alterações no comportamento alimentar - como motivação para comer, ingestão além das necessidades diárias do organismo, escolha de alimentos, bem como digestão e metabolismo - favorecem o ganho de peso corporal - fator que agrava ainda mais os quadros de baixa autoestima, depressão e compulsão alimentar. 3

A fome emocional procede de diversos sentimentos negativos. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.

 

Alimentação e a fome emocional

Alguns alimentos possuem nutrientes capazes de estimular o hipotálamo – região cerebral que modula a síntese e liberação de hormônios e neurotransmissores relacionados com a regulação do apetite e humor, promovendo diversos efeitos que se assemelham ao uso de medicamentos que atuam no sistema nervoso central. Por exemplo, a ingestão de carboidratos aumenta a liberação de insulina que, por sua vez, facilita a passagem do aminoácido triptofano para o cérebro, favorecendo a síntese de serotonina, hormônio responsável por regular o humor e a promover sensação de bem-estar. Já a ingestão de açúcar com gordura – combinação presente nos alimentos utilizados para saciar a fome emocional – estimula a síntese de dopamina e noradrenalina, que melhoram o estado de humor e motivação, além de reduzir os sentimentos associados à ansiedade e depressão. 4

Alguns alimentos que favorecem alterações no hipotálamo, estimulando a síntese e liberação de neurotransmissores. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.

 

Consequências da fome emocional

Diversos mecanismos compensatórios são ativados pela fome emocional com a finalidade de promover equilíbrio mental após estímulos negativos. Esses mecanismos, quando ativados em excesso, promovem o famoso “efeito sanfona”, um dos principais obstáculos para a manutenção do peso corporal. 5

A fome emocional pode gerar efeitos deletérios significativos ao organismo humano, visto que ao ingerir uma alta quantidade de carboidratos, o pâncreas libera muita insulina, o que pode levar a hipoglicemia - baixa quantidade de glicose no sangue - e promover maior resistência a insulina e maior risco de desenvolvimento de um quadro diabético. Ainda, o hábito de sustentar a fome emocional pode criar um ciclo vicioso entre comer compulsivamente (alimentos calóricos e que não dão saciedade) e ter sentimentos negativos, correndo o risco de gerar dependência emocional. Esse ciclo aumenta a ingestão desnecessária de alimentos calóricos, contribuindo para o acúmulo de gordura e aumento do peso corporal, fatores que predispõem problemas metabólicos e psicológicos, como infelicidade e frustrações. 6-8

Como resistir à fome emocional?

O ato de se alimentar de forma inadequada é viciante e requer atenção especial, visto que sentimentos negativos são gatilhos para a fome emocional e contribuem para o aumento do apetite e a ingestão de alimentos. Nesse sentido, a suplementação com diversos ativos de origem vegetal tem se mostrado efetiva para reduzir esse ciclo vicioso, visto que algumas plantas podem promover a saciedade e reduzir os sintomas associados ao estresse e ansiedade. Dentre essas plantas, podemos citar os tubérculos de batata branca, a camomila, o manjericão e o ginseng indiano. Além disso, o excesso de peso corporal promovido pela fome emocional pode ser atenuado através de suplementos produzidos a partir da maçã e do café. Desta forma, a utilização da suplementação adequada para o momento que você está vivendo pode auxiliar no controle da fome emocional e, consequentemente, no gerenciamento do peso corporal. 3,9-14

 

As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.


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