Manchas na pele: entenda suas causas e como agem os despigmentantes cutâneos
Publicado em 12 de dezembro de 2022
Cada pele é única, considerando as inúmeras particularidades e variações possíveis de tons, subtons, oleosidade, elasticidade, firmeza, entre outras características. Ter uma pele bonita e saudável é o desejo quase que unânime (senão realmente unânime) entre muitas pessoas. Mas você já parou pra pensar no que isso significa para você? Uma pele bonita é uma pele uniforme?
Manchinhas charmosas
As controversas sardas – chamadas tecnicamente de efélides – têm ganhado muito destaque nos últimos anos, embaladas pela tendência de valorização das individualidades e de uma beleza mais natural. Há poucos anos, grande parte das mulheres com sardas acabava optando por escondê-las sob a maquiagem, mas hoje o que não faltam são modelos e influenciadoras assumindo suas sardas e exaltando a beleza natural que uma pele, geralmente mais sensível ao sol, pode ter. O surgimento de filtros fotográficos que adicionam sardas ou técnicas de maquiagem para simulá-las são a prova de que o preconceito com elas ficou para trás.
Mas sardas podem ser saudáveis?
O aparecimento das sardas é condicionado por dois fatores principais: a genética e a exposição solar. Elas nada mais são que áreas em que há uma concentração excessiva de melanina. São manifestações benignas (ou seja, que não trazem qualquer risco à saúde) bastante comuns em peles mais claras, com fototipo I ou II. Também, costumam ser mais frequentes nas regiões mais expostas ao sol, como o rosto, braços, ombros e costas.
Como as sardas não trazem riscos à saúde, o tratamento para clareá-las é estritamente estético. Mas se for o seu desejo disfarçá-las, o primeiro passo é reforçar o uso do protetor solar. Como a produção de melanina está ligada diretamente à exposição solar, ao bloquear a penetração dos raios, o fotoprotetor ajuda a clarear as sardas já estabelecidas e prevenir o aparecimento de novas.
E as manchinhas não tão desejadas?
Além das pequenas sardas, que são características de peles mais sensíveis ao sol, outras pigmentações na pele não são tão bem aceitas assim. É o caso das manchas de melasma, por exemplo. Trata-se de manchas de tons marrom que surgem nas regiões mais expostas ao sol, e podem ser desencadeadas pela radiação ultravioleta, por fatores hormonais ou genéticos, e que muitas vezes podem se manifestar na gestação. Se quiser aprofundar a leitura a respeito do melasma, clique aqui.
O uso de alguns medicamentos – alguns antibióticos, antimaláricos e quimioterápicos, entre outros – também pode favorecer o aparecimento de manchas na pele. De maneira geral, o reforço no uso do protetor solar é a melhor alternativa para evitar esses casos. Além disso, a exposição solar após o contato com substâncias químicas presentes em algumas plantas (como a furocumarina, presente no limão) pode gerar manchas escuras chamadas de fitodermatoses. Ainda, podem haver hiperpigmentações pós-inflamatórias, caracterizadas por manchas mais escuras em regiões do corpo onde houve um processo inflamatório – como uma picada de inseto ou um corte, por exemplo.
Exemplos de manchas cutâneas. 1 Adaptado de shutterstock.com, 2022.
Ao perceber o aparecimento de uma nova mancha, ou a mudança nas características de uma mancha já existente, o ideal é sempre procurar um dermatologista. A partir da avaliação minuciosa de características como coloração, formato, presença de pelos, entre outras, o profissional determina o tipo de mancha e se será necessário ou não um tratamento. 1
Manchas escuras, com mais de uma tonalidade e irregulares, ou que mudam em um curto espaço de tempo, costumam ser mais preocupantes e podem indicar um melanoma – um dos tipos mais graves de câncer de pele. Este tipo de mancha deve ser analisado pelo dermatologista tão logo quanto possível.
Algumas opções de tratamento para manchas na pele. Adaptado de shutterstock.com, 2022.
Como a manipulação pode ajudar no tratamento das manchas?
Primeiramente, reforçamos a importância de realizar uma consulta com seu dermatologista de confiança, pois só um bom profissional poderá lhe ajudar a determinar com certeza se uma mancha tem potencial maligno ou não. Dito isso, são vários os ativos que podem ser manipulados para contribuir na busca da uniformidade da pele desejada.
De maneira geral, os despigmentantes inibem a melanogênese (síntese da melanina) na pele. Dentre as opções disponíveis podemos citar o ácido elágico e a melatonina que inibem a melanogênese e a proliferação dos melanócitos (células produtoras de melanina), promovendo assim ação clareadora da pele. Já o ácido tranexâmico inibe a plasmina nos queratinócitos, reduzindo a ativação dos melanócitos e a síntese da melanina. O alfa-arbutin, a cisteamina, o palmitato de ascorbila e o phloretin inibem diretamente a enzima chamada de tirosinase que é a responsável pela produção de melanina. 2–4
Outra opção é a N-Acetil-D-Glucosamina, que quando aplicada diretamente sobre a pele também inibe a atividade dos melanócitos, reduzindo a melanogênese e, consequentemente, a hiperpigmentação da pele. 5
Ter uma pele bonita muitas vezes é sinônimo de ter a pele saudável. Na duvida, consulte seu dermatologista de confiança.
Duas medidas simples que impactam diretamente na saúde e na aparência da pele são: manter-se hidratado e aplicar o protetor solar. Essa dobradinha poderosa deve ser adotada todos os dias! Além disso, se quiser reforçar a proteção solar, conheça também as opções de suplementação com fotoprotetores orais (se quiser ler mais sobre isso, clique aqui).
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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