O que é obesidade e qual a relação com o diabetes tipo 2?
Publicado em 19 de novembro de 2020.
A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo aumento do peso corporal em decorrência do acúmulo anormal ou excessivo de gordura no organismo. É uma condição clínica complexa e de etiologia multifatorial, ou seja, relacionada tanto a fatores genéticos quanto ambientais (incluindo os hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, utilização de determinados medicamentos, noites mal dormidas e tabagismo). Além disso, a obesidade também pode ser um resultado de outras doenças prévias, tais como o hipotireoidismo e diabetes.1,2
O índice de massa corporal (IMC) é o cálculo mais utilizado para avaliação da adiposidade corporal. É realizado através da divisão do peso do indivíduo pela sua altura elevada ao quadrado (kg/m²), sendo considerado normal ou adequado quando o valor do resultado está entre 18,5 e 24,9. Por outro lado, um IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 reflete um quadro de sobrepeso, enquanto que uma pessoa é considerada obesa quando seu IMC é maior ou igual a 30 kg/m2.1,2
Entretanto, apesar de ser uma medida simples e prática como um indicador de sobrepeso e obesidade, o IMC não permite distinguir o peso da massa gordurosa do peso da massa magra (peso dos músculos). Com isso, o IMC pode ser uma medida menos precisa para investigar a adiposidade em indivíduos idosos (em decorrência da perda de massa magra e diminuição do peso corporal), bem como ser superestimado em indivíduos musculosos. Além disso, o IMC também não permite identificar a distribuição da gordura corporal, uma medida importante na avaliação de sobrepeso e obesidade, visto que a gordura visceral (intra-abdominal) é um fator de risco potencial para a doença, independentemente da gordura corporal total. Desta forma, a avaliação do IMC em associação à medida da circunferência abdominal reduz as limitações de cada uma das avaliações quando realizadas isoladamente, contribuindo para um diagnóstico mais preciso. Além disso, outros métodos podem ser utilizados no diagnóstico da obesidade (embora apresentem custo mais elevado, o que limita sua utilização na prática clínica), incluindo a pesagem hidrostática (peso submerso), composição corporal por absorciometria com raios-X de dupla energia (DEXA) e técnicas de imagem como ressonância magnética e tomografia computadorizada.1
A medida do IMC para diagnóstico de sobrepeso e obesidade não permite distinguir a massa corporal relativa à quantidade de gordura ou músculos no organismo. Desta forma, deve ser associada a outros métodos, tal como a avaliação da adiposidade visceral.
Estudos apontam que o número de indivíduos diagnosticados com obesidade cresceu consideravelmente nas últimas décadas em vários países, inclusive no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de indivíduos obesos na população brasileira (com idade igual ou superior a 20 anos) mais que dobrou em comparação a seis anos atrás, quando havia sido realizado o último levantamento – o índice passou de 12,2% para 26,8% da população. Ou seja, atualmente um quarto da população brasileira (o equivalente a 41 milhões de pessoas) é acometido pela obesidade. Mas afinal, por que atualmente a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo?3
Além da questão estética – que afeta diversos aspectos sociais e psicológicos – a obesidade promove uma série de alterações no organismo que comprometem diretamente a qualidade de via dos indivíduos, tais como dores musculares e ósseas, mobilidade reduzida, transpiração excessiva e cansaço físico. Ainda, a obesidade resulta na instalação de um processo inflamatório crônico em todo o organismo e, desta forma, está associada ao aumento no risco de desenvolvimento de outras doenças (ou comorbidades), incluindo dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes, esteatose hepática, alterações osteoarticulares, apneia do sono e até mesmo câncer. Com isso, os custos associados ao tratamento da obesidade e de suas comorbidades tem se tornado cada vez mais expressivo na sociedade, assim como a obesidade é um dos principais fatores que contribui para o aumento das taxas de morbidade e mortalidade associadas a diferentes doenças crônicas.4,5
Dentre estas comorbidades, a relação entre obesidade e diabetes vem sendo extensivamente estudada ao longo das últimas décadas. Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz quantidade suficiente de insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina produzida. A insulina é um hormônio necessário para que a glicose que obtemos por meio dos alimentos seja utilizada como fonte de energia, visto que permite sua captação pelas células. Em condições fisiológicas, quando o nível de glicose no sangue (glicemia) sobe após as refeições, o pâncreas produz e libera insulina suficiente para que este açúcar seja utilizado e a glicemia volte ao normal.6-12
Entretanto, na obesidade, quando o excesso de gordura no organismo se deposita no fígado, no pâncreas, no músculo e em outros órgãos, a capacidade das células captarem a glicose é reduzida e a ação da insulina sobre estes tecidos é prejudicada (resistência à insulina), o que faz com que os níveis de glicemia se elevem. A elevação da concentração de glicose no sangue, por sua vez, estimula a secreção de mais insulina pelo pâncreas e, com a evolução da doença, o indivíduo passa a apresentar deficiência na secreção deste hormônio, pois as células pancreáticas esgotam sua capacidade de produzi-lo.6-12
Desta forma, quando não são realizadas intervenções que modifiquem a evolução da obesidade e da resistência à ação da insulina no organismo (tais como mudanças no estilo de vida e tratamentos farmacológicos), o indivíduo obeso pode desenvolver também diabetes tipo 2. Adicionalmente, a glicose que não é captada pelas células ou utilizada como fonte de energia se acumula no sangue e pode ser convertida em gordura e armazenada nos tecidos adiposos. Ou seja, o diabetes pode agravar ainda mais o quadro de obesidade.6-12
Assim, investir em hábitos saudáveis, além de inúmeros benefícios para a saúde do organismo como um todo, também é essencial para a prevenção e o tratamento da obesidade e do diabetes, resultando em uma melhora da qualidade de vida e da longevidade. Para isso, é importante manter o equilíbrio entre a quantidade de calorias consumidas através da alimentação e a quantidade de energia que o organismo utiliza para desempenhar suas funções (gasto energético), ou seja, associar uma alimentação adequada à prática regular de atividades físicas.
A mudança no estilo de vida é essencial para a prevenção e tratamento da obesidade e das complicações decorrentes desta doença.
Além da quantidade de alimentos consumidos durante as refeições, a qualidade nutricional destes alimentos também deve ser considerada e é essencial para o gerenciamento do peso corporal e da glicemia. Já em relação às atividades físicas, exercícios aeróbicos (como caminhada, bicicleta e natação) são os mais recomendados, pois ajudam a eliminar gordura e melhorar as funções cardíaca e respiratória.1,13
Assim, dentre os hábitos saudáveis que podem auxiliar na prevenção de doenças crônicas e melhora da saúde estão:
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Elaborar um plano alimentar saudável, rico em frutas, legumes, verduras e cereais integrais;
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Regular a quantidade de alimento em cada refeição;
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Dar preferência a alimentos integrais ao invés de refinados;
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Evitar o consumo de alimentos processados (como biscoitos, embutidos e refeições congeladas) e fast foods, que são ricos em sal, açúcar e gorduras;
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Evitar comer frituras, massas, pães e doces em excesso;
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Substituir o refrigerante por água ou sucos naturais;
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Evitar comer sentado em frente à TV, mexendo no celular ou computador, pois com estas distrações perdemos o controle do que estamos comendo e acabamos ingerindo o alimento muito rápido, demorando mais para saciar a fome;
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Não ir ao supermercado com fome ou antes das refeições. Isso evita a compra de alimentos mais calóricos;
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Manter-se ativo e reservar horários para a prática de atividades físicas, de preferência, que sejam prazerosas. Praticar pelo menos 30 minutos de exercício físico, quatro a cinco vezes por semana. Lembre-se: antes de iniciar qualquer atividade, é importante passar por avaliação médica;
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Utilizar mais vezes as escadas ao invés de elevadores;
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Manter um sono regular e boas noites de sono.
Active Fit&Balance® é um extrato padronizado em 2,5% de saponinas, extraído das raízes de Panax notoginseng e Astragalus membranaceus através de um processo tecnológico patenteado.
A Astraglus membranaceus e a Panax notoginseng (também conhecida como Ginseng chinês) são plantas amplamente utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa como agentes imunomoduladores e hipoglicemiantes, auxiliando no manejo da diabetes. Estudos apontam que os astragalosídeos e os gensenosídeos (principais grupos de saponinas encontrados nestas plantas) apresentam propriedades hipoglicemiante, anti-inflamatória, neuro e cardioprotetora, como também promovem a melhora do perfil metabólico e reduzem a intolerância à insulina em indivíduos com diabetes do tipo 2.
Assim, estudos vêm demonstrando que a suplementação com Active Fit&Balance® auxilia na redução da absorção intestinal de glicose, assim como na regulação do metabolismo glicídico em adipócitos e de células musculares. Desta forma, a suplementação com o Active Fit&Balance® pode contribuir para o gerenciamento do peso corporal e para a redução dos níveis séricos de glicose, colesterol e outros lipídios, além de promover uma melhora no desempenho físico e auxiliar para a prevenção de diferentes condições clínicas relacionadas a alterações metabólicas, tais como a diabetes e a obesidade.
Principais mecanismos de ação dos compostos bioativos presentes em Active Fit&Balance®, responsáveis pelos efeitos sobre gerenciamento do peso corporal e dos níveis séricos de glicose, colesterol e outros lipídios.
Capsici é um extrato obtido a partir dos frutos de Capsicum annuum (pimenta doce), composto de capsinoides não pungentes, incluindo o capsiate, o dihidrocapsiate e o nordihidrocapsiate. Diferente dos capsaicinoides (como a capsaicina), Capsi é adequado para a ingestão por via oral, pois não apresenta o sabor pungente e o potencial irritativo quando em contato com a pele ou mucosas.
Evidências apontam que a suplementação com Capsici contribui para o gerenciamento do peso corporal e redução do acúmulo de gorduras no organismo, exercendo efeitos benéficos na prevenção e no tratamento das disfunções metabólicas associadas ao sobrepeso e à obesidade. Ao ativar receptores TRPV1 e promover um aumento da liberação de catecolaminas, os capsinoides presentes em Capsici favorecem o aumento da frequência cardíaca, da perfusão sanguínea nos músculos, do consumo de oxigênio e da liberação de insulina, que resultam em efeito termogênico, aumento do consumo energético e da oxidação de lipídios.
Para otimizar a ação termogênica, a suplementação com Capsici deve ser acompanhada da prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada.
Os capsinoides podem favorecer a redução do peso corporal e do acúmulo de gordura, levando ao aumento da saciedade e redução da ingestão calórica para obtenção de energia, bem como aumento da temperatura corporal, consumo de oxigênio, pressão arterial, frequência de batimentos cardíacos, gasto energético e oxidação de lipídios.
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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