Os melhores suplementos para proteger e desintoxicar o fígado
Publicado em 17 de fevereiro de 2023
Semana de carnaval, e nessas horas lembramos muito de um órgão em particular: o fígado. Seu papel na metabolização do álcool é sempre muito comentado nessa época, mas a verdade é que devemos estar atentos à saúde hepática o ano todo.
O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano, ficando atrás somente da pele. Ele é a nossa maior glândula e serve como um centro metabolizador e de desintoxicação do corpo.
O que o fígado faz por nós?
O fígado tem múltiplos papeis na saúde humana, e alguns autores atribuem a ele cerca de 500 funções. Dentre elas, destaca-se a metabolização de substâncias, sejam nutrientes, medicamentos ou outras (como o álcool). Além disso, o fígado é um dos maiores responsáveis por inativar moléculas e prepará-las para serem eliminadas do organismo – através da urina e das fezes, por exemplo.
Outra função bastante importante é a conexão entre o sistema digestivo e a circulação sanguínea. Os nutrientes absorvidos chegam ao fígado pela circulação portal, sendo então processados, armazenados e distribuídos para o corpo através do sangue. Muitas vezes, o fígado também é o local de neutralização de microrganismos. Ainda, ele é responsável por armazenar uma boa parte do glicogênio, sendo uma das reservas mais facilmente mobilizadas para controle da glicemia.
Além disso, podemos citar a produção da bile, que será armazenada na vesícula biliar. A bile serve principalmente para emulsionar as gorduras ingeridas, facilitando sua digestão e absorção, e auxiliando na excreção de algumas substâncias (como a bilirrubina liberada na destruição das hemácias). Também é função hepática a síntese de colesterol e de outras moléculas importantes no funcionamento do organismo, como a albumina, por exemplo.
Algumas das principais funções do fígado. Adaptado de Shutterstock.com, 2023.
Adicionalmente, uma das propriedades mais interessantes do fígado é a sua capacidade de regeneração. De maneira geral, os hepatócitos tem um alto potencial de proliferação, recuperando pequenas lesões no tecido hepático de forma relativamente rápida. No entanto, alguns tipos de lesões, muito extensas ou crônicas, acabam ultrapassando a capacidade regenerativa do fígado.
Como preservar sua saúde hepática?
Com alguns cuidados, é grande a chance de que você nunca tenha que se preocupar com doenças hepáticas graves. O primeiro cuidado é quanto ao consumo de bebidas alcoólicas. O ideal é moderar bastante nesse quesito, pois a crença de que o álcool faz mal para o fígado está bem fundamentada em uma longa lista de comprovações clínicas (se quiser se aprofundar nos efeitos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas no corpo humano, clique aqui).
Além do álcool, o uso excessivo ou prolongado de alguns medicamentos também pode causar lesões ao tecido hepático. O cálculo do risco-benefício deve ser feito pelo clínico e, se necessário, pode haver um acompanhamento através de exames laboratoriais para monitorar marcadores de saúde hepática. Outro cuidado, talvez menos óbvio, é a prática de exercícios físicos. Se quiser ler mais sobre isso, clique aqui. Além disso, cuidar da sua saúde de maneira geral, com uma alimentação adequada, sono de qualidade e bom manejo do estresse, também contribuem para a saúde hepática.
Sinais e sintomas que podem indicar problemas hepáticos. Adaptado de Shutterstock.com, 2023.
Suplementos que contribuem para a saúde hepática
Para dar aquela forcinha para o fígado, podemos consumir substâncias que contribuem para o seu bom funcionamento, seja com algum composto que ajuda na eliminação de metabólitos tóxicos ou com ação antioxidante que reforça as defesas contra os radicais livres produzidos.
O Cardo Mariano (Silybum marianum), por exemplo, é uma das plantas tradicionalmente utilizadas no tratamento de condições hepáticas. Seus frutos produzem uma substância leitosa rica em flavolignanas, chamada de silimarina. Estudos demonstram que a silimarina age por diferentes mecanismos, tendo ação antioxidante (neutralizando espécies reativas), antifibrótica (inibindo a conversão dos miofibroblastos), regenerativa, anti-inflamatória (inibindo a via do NF-κB), além de inibir o acúmulo de gorduras (aumentando a eliminação de sais biliares). Assim, a silimarina pode auxiliar no tratamento de doenças hepáticas, como a doença hepática gordurosa não alcoólica. 1,2
Além da silimarina, a N-acetil-cisteína (NAC) é uma substância encontrada naturalmente em grande quantidade na cebola e que atua como um precursor da glutationa, uma molécula bastante utilizada pelo nosso fígado na neutralização de metabólitos tóxicos. Inclusive, a NAC é uma das principais indicações no manejo da intoxicação por paracetamol, protegendo o fígado dos danos. As evidências apontam também para um benefício em potencial para prevenir lesões hepáticas agudas por outras causas. 3
Outra opção que vêm sendo estudada é o 3,3 Di-Indol-Metano (DIM) – composto formado naturalmente a partir da digestão de vegetais da família Brassicaceae como, por exemplo, repolho, brócolis, couve-flor, couve de Bruxelas e couve. Isso porque ele é capaz de modular enzimas bastante relevantes na lipogênese e no metabolismo do álcool e de outras substancias hepatotóxicas. Evidências pré-clínicas apontam para múltiplos efeitos como antifibrótico, antitumoral, antioxidante, imunomodulador, desintoxicante e anti-inflamatório na proteção hepática. No entanto, ainda são poucos os estudos clínicos para uma conclusão final sobre quais os quadros clínicos especificamente têm benefícios efetivos. 4
Antioxidantes, como a vitamina E, também parecem favorecer o metabolismo hepático, por reforçar as defesas contra os radicais livres produzidos e limitar seus danos às membranas. Os benefícios da suplementação com vitamina E no manejo da doença hepática gordurosa não alcoólica já foram demonstrados. 5
Além disso, a carnitina e as catequinas reduzem a deposição de gordura no fígado, o que poderia reduzir a chance de desenvolvimento da esteatose hepática. Esse efeito também já foi observado após a suplementação com Lactobacillus reuteri, abrindo caminhos para investigação do potencial benéfico de outros probióticos na hepatoproteção. 6,7
Cuidar da saúde hepática é fundamental para uma vida plena e saudável. Mantendo hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e evitando o consumo excessivo de álcool, podemos prevenir doenças hepáticas e manter o fígado funcionando adequadamente. E se perceber que seu fígado precisa de uma atenção, consulte seu profissional de saúde sobre as alternativas que podem lhe ajudar. E, não só no carnaval, mas no ano todo, lembre-se: beba com moderação!
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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