Poluição e estresse oxidativo: como a qualidade do ar afeta a sua saúde?
Publicado em 10 de junho de 2022
Em 2018 a Organização Mundial da Saúde (OMS) trouxe um dado bastante alarmante: nove em cada dez pessoas respiram ar poluído no mundo! Essa poluição toda a que estamos constantemente expostos pode trazer diversos prejuízos à saúde, que estão associados a um grande vilão para o nosso corpo: o estresse oxidativo! Mas você sabe qual a relação entre poluição e estresse oxidativo? 1
Desequilibrando a balança
Estresse oxidativo é um desequilíbrio que acontece quando a produção de radicais livres ultrapassa a capacidade antioxidante das nossas células, que estão em constante atividade, realizando vários processos metabólicos a todo o momento. Durante esses processos, são gerados resíduos. Podemos imaginar que as células são como grandes indústrias, produzem energia e utilizam essa energia para executar diversas funções. E, assim como nas fábricas, são gerados rejeitos que se não forem eliminados de alguma forma, acumulam-se e podem prejudicar o bom funcionamento. Imagine alguns sacos de lixo tóxico no meio da fábrica, é compreensível que os funcionários fiquem incomodados e não trabalhem bem, não é? Bem, no caso das células esses resíduos tóxicos – os radicais livres – começam a atacar outras moléculas, reagindo quimicamente com elas, danificando sua estrutura e comprometendo sua função. Se quiser aprofundar um pouco mais a leitura nesse tema, clique aqui.
O estresse oxidativo acontece quando a produção de radicais livres supera a capacidade de neutralização dessas moléculas pela célula. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Dentre os prejuízos que a poluição do ar traz à saúde humana podemos citar o aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares e pulmonares. Isso acontece principalmente devido a dois mecanismos. O primeiro é o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio, o que pesa na balança, desequilibrando-a – ou seja, favorecendo o estresse oxidativo propriamente dito. E o segundo (que está intimamente ligado ao primeiro) é o aumento da inflamação. 2,3
Mas o que constitui a poluição do ar?
Os principais poluentes do ar que respiramos são os materiais particulados (especialmente os menores que 2,5 µm), o ozônio (O₃), o dióxido de nitrogênio (NO₂), o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de enxofre (SO₂). Essas substâncias têm um alto potencial oxidante, gerando espécies reativas de oxigênio (EROS) – que são os principais radicais livres produzidos nas nossas células.
Como comentamos, as células produzem substâncias que as protegem do estresse oxidativo, neutralizando os radicais livres. As defesas antioxidantes reagem quimicamente com os EROS, evitando que outras moléculas sejam atacadas. Mas a produção dessas defesas tem um limite e, quando ele é ultrapassado, a célula começa a ser danificada. Conforme o estresse oxidativo aumenta e mais moléculas vão sendo atacadas, a saúde celular piora e são ativados mecanismos pró-inflamatórios numa tentativa de reverter o quadro. Mas se a inflamação avança muito, ela acaba comprometendo ainda mais o funcionamento celular, e se o dano for muito crítico ela acaba morrendo.
A poluição do ar traz inúmeros prejuízos à saúde humana. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Como reequilibrar a balança?
Bem, cessar a exposição à poluição certamente seria o ideal! No entanto, enquanto isso não é possível, podemos reforçar o lado das defesas antioxidantes do nosso organismo. E, felizmente, já conhecemos algumas substâncias capazes de fortalecer a resposta antioxidante. Trata-se de moléculas que podem reagir com os radicais livres, neutralizando-os ou estimulando as células a produzirem mais enzimas antioxidantes.
Dentre essas, podemos citar diversos compostos presentes em alimentos. Confira alguns:
Exemplos de antioxidantes naturais presentes em alimentos. Adaptado de www.shutterstock.com, 2022.
Além da alimentação, os antioxidantes também podem ser consumidos através da suplementação. E devido ao seu potencial promissor na prevenção de inúmeras doenças, já são várias as opções disponíveis hoje no mercado. Suplementos que estimulam a produção das enzimas chamadas superóxido dismutases (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) – que são nossas principais defesas antioxidantes – estão sendo cada vez mais procurados. Isso porque os estudos demonstram que ao reduzir o estresse oxidativo, suplementos desse tipo contribuem para a redução da inflamação, reduzindo o estresse e a fadiga tanto físicos quanto mentais. Além disso, ainda auxiliam na prevenção de inúmeras doenças, como as cardiovasculares e as neurodegenerativas. 4–6
Vale aqui aquele lembrete de que a suplementação pode contribuir de inúmeras maneiras para a sua saúde, por exemplo, auxiliando no combate dos efeitos prejudiciais que a poluição causa. Mas ela deve ser uma parte – e não substituta – da manutenção de um estilo de vida saudável.
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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