Pré-diabetes: é possível reverter?
Publicado em 25 junho de 2024.
O pré-diabetes é uma condição de saúde caracterizada por níveis de glicose no sangue mais altos do que o normal, mas não elevados o suficiente para serem diagnosticados como diabetes tipo 2. Ele é um sinal de que o corpo está começando a ter problemas para controlar a glicose no sangue, sendo uma etapa que ainda pode ser revertida com tratamento adequado e hábitos de vida saudáveis. No entanto, sem essas intervenções, pode progredir para o diabetes tipo 2.1,2
Estima-se que 5 a 10% dos pacientes pré-diabéticos se tornarão diabéticos a cada ano, enquanto uma porcentagem semelhante retorna a normoglicemia (níveis normais de glicose). Nesta publicação, vamos entender as causas do pré-diabetes e quais intervenções e opções de suplementos podem ajudar a evitar o avanço dessa condição.2
Legenda: Aspectos relacionados ao Pré-diabetes. Adaptado de Shutterstock.com, 2024.
Causas do pré-diabetes
Os mecanismos que levam ao desenvolvimento do pré-diabetes envolvem principalmente a resistência à insulina e a disfunção das células beta do pâncreas. A resistência à insulina é uma condição metabólica em que as células do corpo não respondem adequadamente à ação da insulina – hormônio produzido pelo pâncreas que permite a entrada de glicose nas células para ser utilizada como energia. Nessa condição, o corpo produz insulina, mas as células não conseguem utilizá-la de forma eficiente, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Diversos fatores contribuem para a resistência à insulina, incluindo a obesidade e a dislipidemia. A disfunção das células beta também é um fator crítico no desenvolvimento do pré-diabetes. Essas células são responsáveis pela produção de insulina, e em indivíduos com pré-diabetes, sua disfunção compromete a captação de glicose, resultando em hiperglicemia. O pré-diabetes apresenta causas semelhantes às do diabetes tipo 2, mas ocorre em um estágio anterior, sendo considerado o primeiro passo em uma cascata metabólica que pode progredir para o diabetes tipo 2.1-4
Legenda: Critérios laboratoriais para diagnóstico de pré-diabetes e diabetes tipo 2 (DM2). Adaptado de Sociedade Brasileira de Diabetes, 2023.
Fatores de risco e principais sinais de alerta
Alguns fatores aumentam significativamente o risco de desenvolver pré-diabetes, dentre esses fatores o excesso de peso, a obesidade, a hipertensão e a dislipidemia podem contribuir para a resistência à insulina e aumentar o risco de pré-diabetes. O histórico familiar de diabetes tipo 2 é outro fator de risco significativo, assim como o avanço da idade, especialmente após os 45 anos. Além disso, mulheres com histórico de diabetes gestacional ou síndrome do ovário policístico (SOP) – uma condição hormonal associada à resistência à insulina – também apresentam maior risco de desenvolver pré-diabetes.5,6
O pré-diabetes frequentemente não apresenta sintomas evidentes, mas algumas pessoas podem apresentar sinais sutis. Assim, os principais sinais de alerta são:
- Aumento da sede: sentir mais sede do que o normal, mesmo quando se consome uma quantidade adequada de líquidos.
- Aumento do apetite: sentir fome excessiva, mesmo após comer.
- Frequência urinária aumentada (poliúria): necessidade de urinar com mais frequência, especialmente durante a noite.
- Fadiga: sentir-se constantemente cansado ou com baixa energia, mesmo após uma boa noite de sono.
- Visão embaçada: dificuldade em enxergar claramente, com a visão parecendo desfocada ou embaçada.
- Perda ou ganho de peso inexplicável: alterações consideráveis no peso corporal sem mudanças na dieta ou nos níveis de atividade física.
- Cicatrização lenta: feridas ou cortes que demoram mais para cicatrizar.
- Escurecimento da pele: áreas da pele escurecida, especialmente nas dobras e pregas do corpo, como pescoço, axilas e virilhas.
Como prevenir a evolução do pré-diabetes?
Estudos mostram que mudanças nos hábitos de vida podem reduzir significativamente o risco de progressão do pré-diabetes para diabetes tipo 2 em até 10 anos. Por isso, a principal intervenção recomenda é a adoção de um estilo de vida saudável, com especial importância para o controle do peso corporal – a obesidade está associada a um estado inflamatório crônico que desregula o metabolismo glicêmico, aumentando o risco de pré-diabetes e suas complicações. 5-7
Nesse sentido, adotar uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares é fundamental para a prevenção e controle do pré-diabetes. A suplementação também é uma alternativa, visto que diversas substâncias têm efeitos significativos sobre a melhora e regulação do perfil glicêmico. Devido às suas propriedades antioxidantes, suplementos como quercetina e ácido alfa lipoico, contribuem para a regulação de parâmetros metabólicos, melhora da sensibilidade à insulina e regulação da glicemia. A berberina, por sua vez, é um nutracêutico que tem recebido bastante destaque como uma opção de hipoglicemiante natural. Através da modulação de GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon, produzido no intestino) e do aumento da expressão de transportadores de glicose, ela auxilia na redução da glicemia e melhora a sensibilidade das células à insulina. Além disso, suplementos como o Slendesta, podem auxiliar na redução da ingestão alimentar e no gerenciamento de peso corporal, levando à melhora do perfil glicêmico. 8-11
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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