Saiba como são formadas as memórias e como melhorar as funções cognitivas
Publicado em 24 de junho de 2020.
Ao longo da vida, nos deparamos com situações e experiências distintas, bem como somos expostos a um número infinito de novas informações a cada dia. Uma das funções mais complexas do organismo humano é justamente a capacidade do cérebro de processar e armazenar diferentes informações relacionadas ao nosso cotidiano, que podem ser posteriormente acessadas e lembradas quando se fizerem necessárias. Assim, enquanto o aprendizado é caracterizado pela capacidade de adquirir informações relacionadas a uma nova experiência, as memórias são as informações armazenadas e lembradas pelo nosso cérebro, e que estão diretamente associadas à identidade pessoal, tomada de decisões, personalidade, percepção sobre o mundo e ao comportamento de cada indivíduo. 1,2
Mesmo que muitas vezes isso ocorra de modo inconsciente e “automático”, o cérebro acessa memórias o tempo todo. Com isso, o conhecimento já previamente adquirido não precisa ser novamente aprendido ou estudado todos os dias, e pode ser utilizado durante a execução de tarefas diárias. Entretanto, nem todas as informações são processadas e armazenadas do mesmo modo pelo cérebro. 3
A frequência com a qual um indivíduo se depara com determinadas informações ao longo da vida, bem como a importância destas informações à sua sobrevivência e/ou realização de tarefas cotidianas influencia a formação de memórias. Por exemplo, um número de telefone pode ser lembrado apenas por poucos segundos (como quando queremos pedir uma pizza e olhamos o número no panfleto antes de discar) ou por toda a vida (o número do seu RG ou CPF, informação repetida inúmeras vezes ao longo da vida). Além disso, a formação das memórias depende também da natureza da informação que será armazenada (como habilidades motoras e processamento sensorial ou emocional). Você pode aprender a andar de bicicleta sem necessariamente se lembrar quando aprendeu a fazer isso ou como você faz para se equilibrar e pedalar ao mesmo tempo, mas a partir do momento que essa memória motora é formada você saberá andar de bicicleta por toda a vida, mesmo após anos sem praticar. 1,2
Devido a estas diferenças, as memórias têm sido classificadas didaticamente de acordo com a sua duração e função, sendo:
Memórias de curto prazo: são aquelas em que se retêm uma quantidade limitada de informação, acessadas ou lembradas apenas durante o tempo necessário para realizar uma tarefa. Também chamadas ”memórias de trabalho” ou memórias operacionais, como aquelas através das quais memorizamos um número de telefone antes de ligar.
Memórias de longo prazo: são classificadas como memórias “declarativas” (explícitas) e memórias “não declarativas” (implícitas ou procedurais). As primeiras estão envolvidas na lembrança consciente sobre fatos e acontecimentos, enquanto as memórias não declarativas estão associadas à capacidade de reter e utilizar de maneira inconsciente uma habilidade que foi aprendida (como andar de bicicleta, nadar ou dirigir). 3-5
Tipos de Memórias.
As características temporais e funcionais das memórias estão relacionadas à ativação de circuitos neuronais em regiões cerebrais distintas durante o aprendizado e armazenamento de informações. Estudos sugerem que o processamento das memórias de trabalho envolve principalmente regiões do córtex pré-frontal, enquanto as memórias declarativas estariam mais envolvidas com regiões do hipocampo e as memórias procedurais com a ativação de circuitos celulares no corpo estriado e no cerebelo. 4
Principais estruturais cerebrais envolvidas com a formação e armazenamento de memórias
Um dos casos clínicos mais famosos na área da Neurociência é justamente o do “paciente H.M.”, que evidenciou o impacto de circuitos cerebrais distintos no processamento das características temporais e funcionais das memórias. Em 1953 o americano Henry Molaison (que posteriormente ficou mundialmente conhecido como paciente H.M.) passou por um procedimento cirúrgico experimental na tentativa de atenuar as crises epilépticas graves que apresentava desde que sofreu um acidente de bicicleta durante a sua infância. Durante a cirurgia foi removida uma parte do lobo temporal do cérebro deste paciente, onde se suspeitava que estivesse o foco epiléptico. Apesar da redução das crises epiléticas, Henry Molaison passou a apresentar amnésia grave. Embora suas capacidades perceptivas e habilidades motoras não tenham sido afetadas, bem como suas memórias adquiridas antes da cirurgia terem permanecido intactas, ele não era capaz de armazenar novas memórias, esquecendo-se de eventos diários logo após o seu acontecimento. Com isso, o caso clínico do paciente H.M. apontou que as regiões cerebrais que haviam sido removidas (sobretudo o hipocampo) são críticas para o armazenamento de informações novas ou recentes, bem como que regiões cerebrais distintas estão envolvidas na formação e recuperação de diferentes tipos de memória. 3
Entretanto, apesar da importância de reter informações na forma de memórias e ser capaz de se lembrar delas algum tempo depois, o esquecimento nem sempre é algo ruim. Pelo contrário, o esquecimento possui um papel fisiológico, pois favorece a remoção de informações que já não são mais relevantes ou que são desnecessárias e apresentam pouca relevância para a sobrevivência do indivíduo. Além disso, em decorrência do processo normal de envelhecimento cerebral, indivíduos idosos podem manifestar alterações cognitivas e esquecer com mais facilidade de determinadas informações. Por outro lado, o esquecimento pode indicar um quadro de declínio ou comprometimento cognitivo patológico quando se torna frequente e prejudica a realização de atividades diárias e a qualidade de vida. É o que acontece, por exemplo, em doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer, em que ocorre a perda de neurônios e de conexões sinápticas em regiões cerebrais envolvidas no armazenamento de memórias. 2,6
As conexões sinápticas (ou sinapses) são as regiões de contato entre neurônios, ou entre neurônios e células musculares ou células glandulares. A ligação de neurotransmissores ou neuromoduladores a proteínas receptoras localizados na membrana plasmática destas células controla a propagação de estímulos elétricos e a transmissão da informação, que ocorre através da abertura de canais iônicos e recrutamento de vias de sinalização intracelular. Embora os neurônios não sejam capazes de originar outros neurônios através de mitose, processos adaptativos conhecidos como plasticidade sináptica favorecem o remodelamento de proteínas e outros componentes celulares, como também são essenciais para aumentar a eficiência na transmissão de impulsos nervosos. A plasticidade sináptica, por sua vez, pode é regulada por inúmeros mediadores químicos liberados nas sinapses como, por exemplo, o fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF, do inglês, brain-derived neurotrophic fator). 7-9
Representação de uma sinapse, o ponto de comunicação neuronal
Neste contexto, alguns compostos conhecidos compostos nootrópicos têm sido utilizados com a finalidade de melhorar o desempenho cognitivo e facilitar o armazenamento de memórias. Os nootrópicos atuam através de diferentes mecanismos que facilitam a atividade neuronal e a plasticidade sináptica, tais como aumento do suprimento energético e da oxigenação tecidual, aumento da liberação de neurotransmissores e neuromoduladores ou aumento de sua permanência na fenda sináptica, bem como atuam na ativação direta de seus receptores de membrana.
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