Você sabe o que são ftalatos e como podem prejudicar a sua saúde?
Publicado em 9 de dezembro de 2020.
Estamos expostos diariamente a muitas substâncias nocivas à nossa saúde, presentes na água que ingerimos, no ar que respiramos e até mesmo nos recipientes plásticos onde armazenamos os alimentos.
Você já pensou em como os plásticos maleáveis são produzidos? Ou em como aquele esmalte dura semanas na sua unha, resistindo à água e a produtos químicos?
Conheça então os ftalatos: um conjunto de substâncias químicas (também chamadas de plastificantes) utilizadas em diversos segmentos da indústria e que são adicionados aos plásticos rígidos para torná-los maleáveis.1,2
Estrutura química geral dos ftalatos.
Na indústria cosmética, por exemplo, os ftalatos têm sido usados em cremes hidratantes, sprays de cabelo, sabonetes líquidos, antitranspirantes, desodorantes, condicionadores e shampoos, por propiciarem aspectos líquidos ou de cremosidade às formulações. Também, promovem o brilho e a durabilidade da cor dos esmaltes, além de permitirem a fixação mais prolongada daquele seu perfume favorito.1,2
Além dos cosméticos, os ftalatos podem ser empregados nas embalagens para alimentos, copos plásticos, tubos, forros e pisos de cloreto de polivinila (PVC), produtos médico-hospitalares e brinquedos para crianças.1,2
Entretanto, nos rótulos das embalagens destes produtos raramente é usado o termo “ftalatos”. Os nomes mais comuns descritos são phthalates, dibutylphthalate (DBP), dimethylphthalate (DMP), diethylphthalate (DEP). Ainda podem estar listados em português como butila, benzila, dibutila, diciclohexila, dietila, diisodecila, di-2-etilexila e dioctila. Apesar de tantos nomes, não se engane! No final, fazem parte do mesmo grupo de substâncias denominadas ftalatos.
Desta forma, o ser humano é constantemente exposto aos ftalatos de diferentes formas, e essa exposição diária pode acarretar em diversos malefícios à saúde.1–3
Principais fontes de exposição aos ftalatos na rotina diária.
Mas afinal, como os ftalatos entram no nosso organismo e interferem com o seu o funcionamento?
Uma vez que os ftalatos possuem a característica de não se ligar quimicamente às embalagens plásticas, estes podem ser liberados e contaminar os alimentos. Atenção especial deve ser dada a alimentos gordurosos acondicionados em embalagens plásticas, pois devido às suas características químicas, os ftalatos tem alta afinidade em se ligar a moléculas de gordura. Além disso, recipientes plásticos que contém ftalatos, quando aquecidos no forno micro-ondas, podem liberar um composto orgânico tóxico, incolor, inodoro e com potencial carcinogênico, a dioxina.4
Além de entrarem no organismo humano pelas vias oral ou respiratória, os ftalatos presentes em materiais médicos-hospitalares, brinquedos, cosméticos ou produtos de cuidado diário também podem ser absorvidos através da pele.1,3
Nas últimas décadas, os efeitos destes ftalatos no organismo humano vêm sendo extensivamente estudados. Já foi demonstrado que embora estes compostos possam ser eliminados do nosso organismo em um período de dois dias, exposições crônicas a baixos níveis de ftalatos podem desregular o sistema endócrino (envolvido com a síntese e liberação de diversos hormônios). Com isso, os ftalatos têm sido associados a uma ampla gama de efeitos negativos no sistema reprodutor masculino. Além de prejudicar o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos masculinos em crianças, os ftalatos também acarretam em uma alteração na qualidade dos parâmetros seminais em homens adultos, impactando diretamente a fertilidade.1,2,5
Também já foram observados os efeitos prejudiciais da exposição crônica aos ftalatos sobre a saúde cardiovascular, demonstrando o aumento no risco de desenvolvimento de distúrbios do coração e vasos sanguíneos, tais como aterosclerose e hipertensão arterial.3,6 Além disso, a inalação crônica de ftalatos foi associada com a presença de asma e reações alérgicas respiratórias, especialmente em crianças.1,3,6
A exposição crônica aos ftalatos pode prejudicar o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino e reduzir a fertilidade, além de acarretar em prejuízos à saúde do sistema cardiovascular e respiratório.
Por fim, é imprescindível buscar alternativas que visem reduzir a exposição aos ftalatos, uma vez que estamos em contato constante com essas substâncias tóxicas, responsáveis por gerar prejuízos progressivos a saúde de adultos e crianças. Pra reduzir o impacto negativo dos ftalatos sobre a saúde, no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou a Resolução RDC Nº 17, de 17 de março de 2008, que lista os aditivos (como agentes plastificantes) mais seguros e que podem ser utilizados na produção de embalagens plásticas que estarão em contato direto com produtos alimentícios, assim como suas concentrações e limites de migração permitidos (quantidade que pode ser liberada para os alimentos), de forma a não afetar a saúde do consumidor.7
Algumas alternativas podem minimizar a exposição crônica aos ftalatos, como dar preferência a produtos sem ftalatos, armazenar alimentos em recipientes de vidro e não aquecer alimentos em recipientes plásticos.
O alho (Allium sativum) é um uma planta perene cujo bulbo é composto por folhas escamiformes (conhecidos como “dentes de alho”), que possuem odor característico e contém mais de dois mil constituintes bioativos, incluindo compostos sulfurados (como aliina, alicina e seus metabólitos), enzimas (como a aliinase), saponinas, compostos fenólicos e polissacarídeos.
O alho tem sido consumido em todo o mundo com diferentes finalidades, tanto na culinária quanto na medicina tradicional. Mais recentemente, inúmeros estudos demonstraram que o alho e seus constituintes bioativos exibem propriedades antioxidante, anti-inflamatória, imunomodulatória e antimicrobiana, com potencial terapêutico no tratamento de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, síndrome metabólica, afecções do sistema digestivo, infecções, câncer, entre outras.
Estudos pré-clínicos vêm demonstrando que a suplementação com extrato de alho promove a melhora de parâmetros cardiovasculares e pode auxiliar na prevenção de hipertensão arterial, aterosclerose e outras doenças.
Principais mecanismos de ação responsáveis pelos efeitos terapêuticos do Allium sativum.
Conhecida como Danshen na China e nos países asiáticos, a Salvia miltiorrhiza tem sido amplamente utilizada na medicina tradicional chinesa, isoladamente ou em associação com outras ervas, no tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes, hiperlipidemias e por sua atividade neuroprotetora.
Aos fitoquímicos presentes em Salvia miltiorrhiza, têm sido atribuídas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, anticoagulantes, vasodilatadoras e antiproliferativas, que justificam sua aplicação em diferentes condições clínicas. Além de proteger as células dos vasos sanguíneos e do músculo cardíaco contra quadros inflamatórios e estresse oxidativo, estes fitoquímicos também aumentam o fluxo sanguíneo e o aporte de oxigênio e demais elementos necessários para a homeostasia do sistema cardiovascular.
Assim, extratos de Salvia miltiorrhiza vêm sendo utilizados na prevenção e no tratamento de diferentes doenças cardiovasculares, incluindo angina, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, hipercolesterolemia, hipertensão, aterosclerose, coagulação intravascular difusa, tromboflebite, entre outras.
Salvia miltiorrhiza (Danshen). A) planta medicinal chinesa; B) fragmentos de raízes secas utilizadas para a extração de compostos bioativos.
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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