Microbiota intestinal e diabetes: como a saúde intestinal pode impactar a glicemia?
Publicado em 11 novembro de 2024.
A microbiota intestinal tem despertado grande interesse e curiosidade devido ao seu papel fundamental na regulação de diversos processos do corpo humano, promovendo impactos na saúde da pele, sistema urinário, imunidade e até mesmo em nossa saúde mental. Nos últimos anos, pesquisas têm revelado uma relação entre a microbiota intestinal e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.1
Na publicação de hoje iremos explorar de que forma a composição da microbiota intestinal pode afetar o desenvolvimento dessa doença. Afinal, o que são esses microrganismos e de que forma eles podem afetar a prevenção e o manejo do DM2?
O que é a microbiota?
A microbiota é o conjunto de microrganismos que habitam naturalmente em nosso corpo, incluindo bactérias, fungos e vírus. Estudos recentes mostram que existem mais células bacterianas do que humanas em nosso sistema, com aproximadamente 30 trilhões de células humanas e cerca de 40 trilhões de células bacterianas. Neste contexto, o intestino se destaca como o órgão com o maior número absoluto de microrganismos, abrigando em torno de mil espécies de bactérias, que em sua maioria são essenciais para a manutenção da saúde do hospedeiro.1–3
A microbiota intestinal, também conhecida como flora, começa a se estabelecer logo após o nascimento, quando o bebê é exposto aos microrganismos da mãe durante o parto, ajudando a colonizar o intestino. A amamentação também desempenha um papel crucial, pois o leite materno contém probióticos, prebióticos e nutrientes essenciais que favorecem o crescimento de bactérias benéficas. Se você deseja relembrar o que são probióticos, prebióticos, paraprobióticos e simbióticos, confira nosso post sobre o assunto clicando aqui. 4,5
Quais fatores podem alterar a microbiota intestinal?
Diversos fatores influenciam a composição, entre os quais se destacam os hábitos alimentares e as condições de saúde. A dieta é fundamental, pois fornece nutrientes essenciais não apenas para o organismo, mas também para a microbiota. Uma alimentação rica em fibras e prebióticos favorece a proliferação de microrganismos benéficos capazes de estimular a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que são compostos lipídicos anti-inflamatórios essenciais para a saúde intestinal, além de participarem do metabolismo energético celular e da glicemia. Por outro lado, uma dieta rica em gorduras e pobre em fibras tem sido associada a uma menor diversidade e microorganismos, e pode resultar na desregulação na microbiota intestinal, que é conhecida como disbiose.6–8
Certos medicamentos, especialmente os antibióticos, também podem afetar negativamente esse equilíbrio. Além disso, outros fatores, como o estresse, exposição a poluentes ambientais, obesidade e doenças inflamatórias intestinais podem perturbar a flora intestinal. Nesse sentido, a adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividade física, controle do estresse, uso racional de medicamentos e adoção de uma dieta equilibrada pode auxiliar na manutenção de uma microbiota sadia.6,9
De qual forma a microbiota está associada com a diabetes tipo 2?
A diabetes tipo 2 (DM2) é uma condição crônica que é caracterizada pela hiperglicemia persistente devido à redução da produção ou de sensibilidade à insulina, e é responsável por cerca de 90% de todos os casos de diabetes.10,11
A resistência à insulina pode possuir diversas causas, sendo que um dos maiores fatores é o índice de massa corporal elevado. Nesse sentido, diversos estudos têm associado a composição da microbiota intestinal ao peso corporal. Por exemplo, o predomínio de algumas bactérias no intestino tem sido descrito como um fator que pode contribuir para a perda de peso, enquanto uma microbiota desregulada parece estar associada a casos de sobrepeso e até mesmo obesidade.12–14
Além disso, o desbalanço da microbiota também parece afetar a glicemia de diversas formas, como através da alteração da sensibilidade à insulina por meio de regulação da secreção de incretinas, produção de AGCC e modulação dos níveis de inflamação. Isso pode levar não somente ao desenvolvimento de um quadro chamado síndrome metabólica, como também contribuir para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.8
A microbiota desregulada pode estar associada ao desenvolvimento da diabetes tipo 2 através da modulação de diversos fatores, como aumento de peso corporal, glicemia, inflamação corporal, promoção de resistência à insulina e predisposição ao desenvolvimento de síndrome metabólica. Imagem adaptada de Shutterstock.com, 2024.
Como a manutenção de uma microbiota saudável pode auxiliar no tratamento da DM2?
Tradicionalmente, o tratamento da diabetes envolve estratégias como a manutenção de alimentação saudável, atividade física regular e perda de peso, no caso de pacientes obesos. Caso a glicemia adequada não seja atingida com essas medidas, terapias medicamentosas são necessárias, envolvendo o uso de metformina ou outros tratamentos orais, além da administração de insulina. Neste cenário, a manutenção da microbiota saudável tem se destacado como uma promissora alternativa natural para auxiliar os tratamentos disponíveis para a DM2, uma vez que não somente possui um papel importante na regulação do peso corporal, níveis glicêmicos e resposta à insulina, como também parece melhorar a resposta às terapias já existentes. 10,15,16
Como já mencionamos, existem diversas formas de regular a microbiota intestinal. A modulação da flora intestinal a partir do consumo de probióticos, prebióticos e simbióticos é uma forma fácil e bastante simples de restaurar o equilíbrio da microbiota, que já demonstrou bons resultados na restauração da saúde metabólica. Nesse sentido, diversos estudos clínicos já demonstraram o papel do uso dos moduladores de microbiota na redução da glicemia em jejum, níveis séricos de hemoglobina glicada e resistência à insulina em pacientes de diabetes tipo 2. Por exemplo, a suplementação com probióticos envolvendo Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Lactobacillus plantarum e Lactobacillus rhamnosus é capaz de melhorar o microambiente intestinal, a resposta glicêmica e outros fatores metabólicos 15,17–21
Fatores que podem alterar a microbiota intestinal. À esquerda, veja os hábitos que auxiliam para a manutenção de uma flora saudável. À direita, são representados os elementos que podem influenciar a microbiota negativamente. Imagem adaptada de Shutterstock.com, 2024.
A linha de paraprobióticos ImmuneCal é composta pelas cepas isoladas de Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Lactobacillus plantarum e Lactobacillus rhamnosus, e favorece o crescimento da microbiota intestinal saudável. ImmuneCal se destaca como uma alternativa segura para todos os grupos, incluindo imunossuprimidos e até mesmo crianças, uma vez que os microrganismos presentes na formulação são inativados por processo térmico exclusivo que garante a integridade da membrana celular.22
Outro suplemento com grande potencial para regular a microbiota intestinal é o Active Kefir, que oferece os benefícios probióticos do kefir (bebida fermentada produzida pela ação de microrganismos probióticos) na forma de pó. Essa apresentação prática permite que o indivíduo possa usufruir dos efeitos positivos dessa associação de probióticos de maneira mais prática e segura, se adaptando às necessidades da rotina de cada um. 23 Caso queira saber mais sobre esse insumo, clique aqui.
As informações fornecidas neste blog destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para a orientação de um profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. As informações aqui apresentadas não têm o objetivo de diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.
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